Topo

"Foi coisa de filme" diz pastor de igreja vizinha a passarela que caiu no Rio

Giuliander Carpes

Do UOL, no Rio

28/01/2014 13h31

A igreja evangélica do pastor Olair Oliveira dos Santos fica a menos de um quarteirão da passarela que foi atingida por um caminhão na manhã desta terça-feira (28) na Linha Amarela, na zona norte do Rio de Janeiro. Ele relata que a comunidade Águias de Ouro viveu momentos de terror com o acidente que causou a morte de quatro pessoas e a destruição da passagem.

"Estava na igreja estudando e ouvi um estrondo enorme. Parecia que o céu havia desabado sobre nossas cabeças. Aí saí da igreja e percebi que a passarela tinha caído”, disse o pastor. “Foi uma cena de horror. Parecia filme."

Olair conhecia duas das vítimas da tragédia e participou das primeiras ações de resgate. Ao contrário de outros moradores, ele nunca percebeu nenhuma anormalidade na passarela.

Veja onde fica o local da queda da passarela

  • Arte/UOL

"Eu passava ali com toda a tranquilidade do mundo. Sempre me pareceu segura. Algumas pessoas realmente me falaram que havia uma fragilidade”, afirmou o pastor. “Se eu tivesse sabido disso antes poderia até ter pensado numa mobilização para consertarem a passarela, mas não foi o caso."

Segundo a Lamsa, concessionária que administra a via, um caminhão que estava com a caçamba levantada, atingindo uma altura superior 4,5 metros, limite da passarela, bateu na estrutura, causando sua queda. O caminhão parou a cerca de 200 metros da passarela.

Veículos que passavam pela via foram esmagados, e pessoas ficaram presas às ferragens. Equipes do Corpo de Bombeiros e de resgate da concessionária foram acionadas para socorrer as vítimas.

Remoção de escombros

A passarela será cortada ao meio para que guindastes possam retirar a estrutura da via. Segundo operários que trabalham no local, o corte é necessário para não danificar as máquinas. O táxi atingido em cheio pela queda das ferragens continuava preso sob a passarela no início da tarde.

O caminhão que causou o acidente prestava serviço para a empresa Arco da Aliança. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou que o caminhão não deveria estar circulando pela via, que possui restrição para a circulação de caminhões e carretas.