Topo

PM diz que ficará em área desocupada no Rio "pelo tempo que for necessário"

Policial fica ferido após confronto com manifestantes durante reintegração de posse de terreno no Engenho Novo, no Rio de Janeiro, na manhã desta sexta-feira (11). Operação da Polícia Militar estava fazendo a reintegração de posse do terreno invadido por cerca de 6 mil pessoas - Daniel Scelza/Codigo 19/Agência O Globo
Policial fica ferido após confronto com manifestantes durante reintegração de posse de terreno no Engenho Novo, no Rio de Janeiro, na manhã desta sexta-feira (11). Operação da Polícia Militar estava fazendo a reintegração de posse do terreno invadido por cerca de 6 mil pessoas Imagem: Daniel Scelza/Codigo 19/Agência O Globo

Do UOL, no Rio

11/04/2014 12h52

O porta-voz da Polícia Militar, tenente-coronel Cláudio Costa, afirmou não haver prazo para que o policiamento no entorno da "favela da Telerj", como vinha sendo chamada a ocupação de um terreno abandonado da Oi no Engenho Novo, na zona norte do Rio de Janeiro, volte ao normal. Em entrevista à "Globo News", o oficial declarou que a PM continuará no local pelo tempo que for necessário.

Durante o cumprimento da ordem de reintegração de posse expedida pela Justiça, homens da Tropa de Choque entraram em um violento confronto com grupos de ocupantes que haviam acabado de deixar o local. Sete veículos foram incendiados do lado de fora do prédio da Oi. Algumas pessoas tentaram se aproveitar da situação para roubar peças de carros e invadir supermercados.

Apesar das cenas de violência e vandalismo, Costa afirmou que a reintegração de posse foi tranquila e "transcorreu dentro do planejado". Pelo menos 12 pessoas ficaram feridas durante o confronto. Ele disse ainda que esta foi a maior desocupação de terreno realizada no Estado.

"A Polícia Militar seguiu todos os protocolos que envolvem uma reintegração de posse e a operação transcorreu dentro do planejado. Entramos tranquilamente e não tivemos problemas dentro do terreno, somente no entorno que houve confronto". Ao todo, 1.650 policiais militares participam da ação.

A desocupação durou três horas, mas houve confronto do lado de fora, culminando com 12 feridos, inclusive três crianças e cinco PMs. "Toda a tropa foi orientada a entrar de forma tranquila, transmitindo orientações para a desocupação. Aguardamos as pessoas retirarem seus pertences. Enfrentamos algumas resistências e algumas pessoas colocaram fogo em madeiras e outros objetos dentro do prédio". (Com Estadão Conteúdo)