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Idosa morta após ser atingida por disparos na Maré é enterrada no Rio

Guilherme Pinto/Agência O Globo
Imagem: Guilherme Pinto/Agência O Globo

Do UOL, no Rio

16/04/2014 14h55

O corpo de Teresinha Justino da Silva, 67, que morreu após ser atingida por disparos de origem ainda não identificada no Complexo da Maré, foi enterrada nesta quarta-feira (16), no cemitério São Francisco Xavier, no Caju, zona norte do Rio de Janeiro. A idosa levou dois tiros na comunidade Vila do Pinheiro, na noite de segunda-feira (14).

A morte de Teresinha foi a segunda ocorrida no conjunto de favelas da Maré desde que a região foi ocupada pelo Exército. A Divisão de Homicídios da Polícia Civil investiga se a mulher foi vítima de um suposto confronto entre traficantes de drogas e militares.

Atingida no peito e no abdômen, Teresinha ainda chegou a ser levada para o Hospital Federal de Bonsucesso, em Bonsucesso, também na zona norte, mas não resistiu aos ferimentos.

O comerciante Francisco Oliveira Lemos, 47, morador da Maré que também foi baleado na última segunda, permanece internado no hospital Pasteur, no Méier, zona norte do Rio.

Lemos teve uma fratura exposta na tíbia esquerda e passou por uma cirurgia na noite de terça-feira (15). Seu estado de saúde é estável, ele está lúcido, respira sem ajuda de aparelhos e não tem sequelas motoras. Ainda não há previsão de alta.

Investigação

A Polícia Civil abriu inquérito para investigar de onde partiram os tiros que atingiram Lemos e Terezinha. O delegado Fábio Cardoso, da Divisão de Homicídios, ouve testemunhas civis e militares (da PM e do Exército) para buscar maiores informações.

Segundo o major Alberto Horita, porta-voz das tropas militares que atuam na Maré, um carro da PM foi alvejado por disparos de fuzis quando passava pela Vila dos Pinheiros, favela dominada pela facção TCP (Terceiro Comando Puro), e os policiais não teriam revidado. "Diante da ameaça, a viatura se evadiu do local, buscando preservar a vida dos militares", informou o Exército, em nota.