Mais de 50 mil pessoas estão desalojadas devido a chuvas em SC e RS
A situação é crítica no sul do Brasil por causa das chuvas. Rio Grande do Sul e Santa Catarina já contabilizam 50.749 pessoas fora de suas casas devido às enchentes, enxurradas e inundações. Chove forte nos dois Estados há uma semana, a previsão é de melhorias temporárias e vento forte.
No RS, 10.749 tiveram que deixar suas residências. Já são 59 cidades com sérios problemas, totalizando 2.480 desabrigados (encaminhados a ginásios e centros comunitários) e 8.269 estão na casa de parentes e amigos.
As regiões mais atingidas são o noroeste e o norte, mas cidades do centro e do sul já registram cheias e transbordamento de rios. Em Santa Maria, na região central, o rio Vacacaí transbordou. Em Venâncio Aires, o arroio Castelhano já alaga a parte mais baixa da cidade.
Treze municípios já encaminharam notificações preliminares de desastre para a Defesa Civil estadual, que deve homologá-los nesta semana. Feito isso, as prefeituras ficam aptas a receber recursos estaduais e federais para socorro às vítimas e reconstrução das cidades.
Nesse sábado, o governo do Estado instalou uma central de comando da Defesa Civil para auxiliar as cidades atingidas pelas chuvas intensas na sede da prefeitura do município de Frederico Westphalen (434 km de Porto Alegre), na região norte.
A central está auxiliando os prefeitos das regiões do Alto Uruguai, norte, Celeiro, noroeste, fronteira noroeste e Missões. Segundo o coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Oscar Luis Moiano, que percorre as cidades atingidas, os municípios que estiverem com dificuldades na realização da documentação devem procurar o centro de comando.
“O Estado está sensibilizado com as cidades afetadas e para dar maior suporte estamos orientando as prefeituras na confecção dos documentos necessário para homologação do decreto e no fornecimento de ajuda humanitária conforme a necessidade”.
Com 40 mil desalojados, Santa Catarina tem risco de ventos fortes
Já em território catarinense, 37 municípios foram afetados. O número de desalojados e desabrigados é de cerca 40 mil pessoas, segundo a Defesa Civil do Estado. O governo estadual lançou um alerta para o risco de ventos fortes.
Os níveis dos rios estão sendo monitorados frequentemente. Em Rio do Sul, sem chuva e com sol, o volume do rio Itajaí-Açú tende a se estabilizar nas próximas horas. A leitura das 11h apresentava nível de 9,42 metros. A previsão é que não passe de dez metros.
Chuvas devem continuar no sul e leste do RS
O ciclone extratropical que está sobre o RS gera instabilidade pelo oitavo dia seguido. “Devido à rotação do ciclone, algumas áreas têm a presença do sol no nordeste do Estado. Caso de Porto Alegre. É melhoria temporária pelo giro do ciclone e deve voltar a chover”, destaca a meteorologista Estael Sias, da empresa de meteorologia MetSul. Na capital gaúcha, o sol apareceu pela manhã. Mas no início desta tarde, a precipitação voltou.
“O ciclone traz ar polar e faz frio em grande parte do interior gaúcho. Na segunda-feira, o sol aparece no oeste e no noroeste, mas as metades sul e leste ainda vão ter muitas nuvens, chuva e garoa, inclusive com risco de pancadas fortes localizadas”, salienta Estael.
Em SC, o alerta é de ventos fortes. Segundo a previsão da Epagri/Ciram, o tempo se mantém com nebulosidade em algumas regiões e aberturas de sol. No entanto, devido à formação o ciclone extratropical no RS, a possibilidade de serem registradas rajadas entre 60km/h e 70 km/h em território catarinense é grande.
“A Defesa Civil de Santa Catarina pede atenção aos navegadores, que evitem sair ao mar, já que as condições são de ondas que podem variar entre 1,5 metro e 2,5 metros. O pico estimado é de 3 a 4 metros. As regiões que podem receber influência estão ao sul de Florianópolis e em áreas mais distantes da costa. não está descartada a possibilidade de ressaca”, informou em nota a Defesa Civil catarinense.
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