Viaduto ao lado do que desabou tinha estrutura danificada e foi interditado
A Prefeitura de Belo Horizonte identificou rachaduras e problemas estruturais no viaduto na saída da avenida Olímpio Mourão Filho, cerca de 800 metros do viaduto sobre a rua Montese que caiu nesta quinta-feira (3) matando pelo menos duas pessoas e ferindo outras 22.
Os dois viadutos em construção compõem o conjunto viário da intervenção que a prefeitura faz na região para duplicação da avenida Dom Pedro 1º, na região da Pampulha.
Em fevereiro deste ano, após verificar os problemas no viaduto, a prefeitura interditou a obra, verificando que a sua estrutura já havia cedido. Técnicos da administração municipal, assim, optaram por isolar a região até que fossem feitas intervenções para garantir a estabilidade da alça do viaduto.
“A estrutura foi devidamente travada para não ocorrer nenhum deslocamento lateral adicional e está sendo monitorada constantemente pela equipe de plantão”, informou a Prefeitura em comunicado em fevereiro. A interdição, porém, durou somente alguns dias e o trabalho retomado.
Vídeo mostra resgate de vítimas de acidente com viaduto em BH
Delta participava de obra
A Delta, empresa investigada por envolvimento em negócios irregulares com o bicheiro Carlinhos Cachoeira e considerada inidônea pelo TCU (Tribunal de Contas da União), participava do consórcio para a construção do viaduto em Belo Horizonte, que desabou nesta quinta.
Em meados de 2012, a Delta deixou o negócio, que foi inteiramente assumido pela construtora Cowan. O projeto, que envolve a construção dos dois viadutos, está orçado em R$ 171 milhões e estava previsto para ser concluído antes do início da Copa do Mundo.
Em uma nota sobre a queda do viaduto, a Cowan informou nesta quinta-feira (3) que “lamenta profundamente o ocorrido com o viaduto”.
“Neste momento, a prioridade é o apoio às vítimas e aos familiares. A empresa informa que já enviou ao local a equipe técnica para iniciara as investigações”, diz o comunicado da Cowan.
Viaduto cai e pelo menos dois morrem em Belo Horizonte
Mais tarde, em novo comunicado, a Cowan reiterou que “não está medindo esforços para oferecer o apoio necessário às vítimas e aos familiares”.
De acordo com a segunda nota, a empresa esclarece que “já foram direcionadas equipes ao local para a remoção da estrutura, inclusive providenciando iluminação e demais suportes necessários à realização dos trabalhos, que devem se estender pelos próximos dias; uma equipe técnica já está no local para iniciar as investigações e definir as causas do acidente; já está sendo providenciado o escoramento do segundo viaduto”.
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