Busca por PM desaparecido continua no Rio, e clima é tenso em favela
A Polícia Militar do Rio de Janeiro deu continuidade nesta quinta-feira (15) a ações na região do Complexo do Chapadão, na zona norte do Rio de Janeiro, para localizar o soldado Neandro Santos de Oliveira, desaparecido desde a última segunda-feira (12). O policiamento foi reforçado nas comunidades e nos acessos pelos bairros de Guadalupe e Anchieta.
Na quarta-feira (14), primeiro dia da força-tarefa para encontrar o policial desaparecido, houve tiroteio e uma pessoa morreu. A vítima foi identificada como Maike da Silva de Souza, 22. Revoltados, moradores atearam fogo em quatro ônibus urbanos e fecharam os principais acessos ao Chapadão. Por medida de segurança, o comércio também fechou as portas.
O soldado Leandro teria sido interceptado numa falsa blitz de traficantes da comunidade. O carro foi localizado, mas o militar até agora não foi encontrado.
Na última madrugada, policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais) fizeram incursões pelo Complexo do Chapadão e prenderam três homens. Houve ainda a apreensão de uma granada e de um rádio transmissor.
O clima na região ainda é muito tenso por conta das buscas pelo policial militar desaparecido e da reação da população depois da morte do jovem morador.
Segundo testemunhas, a vítima estava a caminho do trabalho e foi baleada na porta de casa, na comunidade Criança Esperança. A Polícia Civil informou que Maike não tinha antecedentes criminais.
De acordo com a Divisão de Homicídios, foi instaurado inquérito para apurar as circunstâncias da morte do jovem. Testemunhas e policiais militares prestaram depoimento. As armas dos PMs foram apreendidas.
Nesta quinta, devido ao Dia do Professor, as escolas não estão funcionando em toda a região do Complexo do Chapadão.
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