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Henry: Pai espera pena 'proporcional à brutalidade' para Monique e Jairinho

Igor Mello e Lola Ferreira

Do UOL, no Rio

06/10/2021 11h03

Leniel Borel, pai do menino Henry, afirmou hoje que espera uma punição "proporcional à brutalidade" para a mãe de seu filho, Monique Medeiros, e ex-vereador Jairo Souza dos Santos Junior, o Dr. Jairinho. Ele acompanha o primeiro dia de audiência do caso no 2º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro.

Se condenados por homicídio triplamente qualificado, a pena pode chegar a 40 anos de prisão pelo fato de a vítima ser uma criança, segundo estimou o promotor Fábio Vieira ao UOLNews. Henry foi morto em 8 de março no apartamento em que Monique e Jairinho moravam na Barra da Tijuca.

6.out.2021 - Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, em audiência no Tribunal de Justiça do Rio - JOAO GABRIEL ALVES/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO - JOAO GABRIEL ALVES/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO
6.out.2021 - Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, em audiência no Tribunal de Justiça do Rio
Imagem: JOAO GABRIEL ALVES/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO

O inquérito da Polícia Civil e o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) apontam que Henry foi espancado até a morte no apartamento.

Preso em Bangu 8, Jairinho acompanha a sessão por vídeoconferência, enquanto Monique compareceu presencialmente à audiência.

Antes de entrar no plenário, Leniel falou à imprensa.

"Espero que hoje comece o esclarecimento da verdade do que aconteceu com meu filhinho. Tenho lutado por justiça diariamente pelo Henry. Espero agora que aqueles dois monstros que assassinaram brutalmente meu filho saiam daqui punidos de maneira proporcional à brutalidade que fizeram com Henry", disse o pai da criança.

Pai de Henry evita Monique no Tribunal

Antes do primeiro depoimento da audiência, do delegado titular da Divisão de Homicídios da Capital, Henrique Damasceno, Leniel e Monique se cruzaram. Ele, ao sair da sala de depoimentos, passou em frente à mãe de Henry, mas não se olharam e ou demonstraram qualquer reação.

Leniel havia dito que seria "muito difícil" encará-la face a face. "Eu preferia não olhar para a Monique, mas é preciso encarar a realidade", disse.

O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) pretende demonstrar que houve um "padrão de comportamento sádico" de Jairinho e interesse financeiro de Monique.

Foram convocadas 12 testemunhas da acusação, de acordo com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Além dos pais e padrasto de Jairinho, também estão Ana Carolina Ferreira Netto, ex-mulher de Jairinho, e Thayná de Oliveira Ferreira, babá do menino, entre outros.

A juíza Elizabeth Machado Louro determinou que as testemunhas de defesa sejam ouvidas em outra data. A lista ainda não foi divulgada.