Após ciclone, RS deve ter mais chuvas de até 200 milímetros durante feriado
O Rio Grande do Sul, que teve na manhã de hoje uma trégua no mau tempo após ciclone que deixou pelo menos 37 mortos, terá novas ocorrências de chuvas fortes ao longo do feriado.
O que a meteorologia prevê
As regiões oeste e sul do estado, assim como parte do centro e do leste, têm risco de chuva forte, temporais de raios, vento forte e granizo a partir de hoje, segundo a MetSul.
O fenômeno é causado por uma frente quente, que vai avançar pelo estado, se converter em frente fria e trazer temporais para todo o RS a partir da sexta-feira.
A previsão é de que a instabilidade se prolongue por 10 dias e de que, em alguns pontos do estado, as chuvas ultrapassem os 200 milímetros, excedendo a média de todo o mês.
O governo se prepara para as novas precipitações e novos alertas serão emitidos em caso de risco, informou o governador Eduardo Leite a jornalistas na manhã de hoje.
A previsão para a partir do fim do dia e a partir da quinta-feira é voltarmos a ter chuvas aqui no estado, que vão começar pela região sul, mas também vão atingir a região norte, onde o solo já está encharcado e os rios cheios. [...] Tem que ficar atento porque os rios podem voltar a subir rapidamente.
Governador Eduardo Leite em conversa com a GloboNews
Ciclone deixou 36 mortos só no Rio Grande do Sul
Pelo menos 37 pessoas morreram por causa das chuvas no Sul desde o fim de semana, 36 delas só no Rio Grande do Sul, segundo a Defesa Civil.
Os dez óbitos mais recentes foram registrados no município de Roca Sales, Lajeado e Estrela, na manhã de hoje.
O município de Muçum é o que registrou o maior número de óbitos até o momento, com 15 corpos encontrados em diferentes residências, na mesma localidade da cidade, ontem.
Antes disso, outras seis mortes já tinham sido confirmadas antes no estado, entre elas, a de uma idosa que caiu junto a um policial no rio enquanto era resgatada na manhã de ontem.
O governador do RS Eduardo Leite disse que recebeu a notícia "com muita tristeza": "Causa imensa dor, já configurando o maior número de mortes de um evento climático no Rio Grande do Sul", afirmou em coletiva de imprensa.
Ao todo, mais 52 mil pessoas foram diretamente afetadas pelo ciclone, sendo 1.650 desabrigados e mais de 3 mil desalojados até o fim da tarde desta terça-feira (5), segundo levantamento da Defesa Civil Estadual.
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