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Covas quer "prova" no começo do ano para avaliar alunos pós-quarentena

Arquivo - Covas também prometeu a distribuição de tablets com acesso a internet e ensino em período integral - PAULO GUERETA/ESTADÃO CONTEÚDO
Arquivo - Covas também prometeu a distribuição de tablets com acesso a internet e ensino em período integral Imagem: PAULO GUERETA/ESTADÃO CONTEÚDO

Wanderley Preite Sobrinho

Do UOL, em São Paulo

23/11/2020 10h57

Prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Bruno Covas (PSDB) afirmou hoje que, se eleito, pretende aplicar uma prova no começo do ano letivo de 2021 para avaliar a assimilação do conteúdo recebido pelos alunos durante a pandemia do novo coronavírus. Covas também prometeu a distribuição de tablets com acesso a internet e ensino em período integral.

Depois de negar que sua campanha esteja esperando o período eleitoral acabar para só então admitir a existência da segunda onda de covid-19 na cidade, Covas prometeu em entrevista à Rádio Capital atenção especial aos alunos que enfrentaram dificuldades para estudar à distância durante a quarentena.

"Vamos começar aplicando uma prova para verificar exatamente qual a dificuldade, o que foi o conteúdo assimilado, qual o foi o conteúdo que não foi assimilado", afirmou Covas sobre o "desafio grande na área da educação" para o ano que vem.

Ele também prometeu "ensino em período integral dentro da escola em que ele faz o ano de 2021", e, "dentro de casa", mencionou os "465 mil tablets com acesso a internet que estamos comprando para todos os alunos do ensino médio e fundamental" para "recuperar o conteúdo pedagógico de 2020".

Sobre o período integral, Covas disse que "o turno [será] nas escolas e o contraturno dentro de casa" será mantido "para o ano que vem para 1 milhão de alunos".

Ele aproveitou para prometer a manutenção do Cartão Merenda. "Nós já fizemos as contas: são 400 milhões no ano que vem para manter esse repasse de recurso para as mães comprarem alimentação também no período de contraturno dentro de casa."

Empregos

O candidato também prometeu "investir recursos públicos" para gerar empregos porque, diz, "a cada R$ 1 bilhão [investido] são 28 mil empregos" criados.

Reportagem da Folha indica, porém, que a prefeitura de São Paulo, sob Covas e Doria, teve o menor nível de investimentos desde 2005.

A menos de dois meses de terminar o mandato, a gestão iniciada por Doria, em 2017, e continuada desde abril de 2018 por Covas havia investido R$ 8,2 bilhões. Em valores corrigidos, Fernando Haddad (PT) investiu R$ 15,4 bilhões, Gilberto Kassab (PSD), R$ 15,2 bilhões, e José Serra (PSDB)/Kassab, R$ 10,4 bilhões.

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