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Japão decide fechar mais uma usina nuclear; cresce temor de falta de energia no país

Vista aérea da usina nuclear de Hamaoka, no Japão, em fotografia do último sábado (7) - Kyodo News/AP
Vista aérea da usina nuclear de Hamaoka, no Japão, em fotografia do último sábado (7) Imagem: Kyodo News/AP

Do UOL Notícias*

Em São Paulo

09/05/2011 11h10

A terceira maior operadora de energia do Japão concordou nesta segunda-feira (9) em atender um pedido do governo e fechar a usina nuclear de Hamaoka de modo preventivo até que ela esteja melhor protegida contra tsunamis, aumentando o temor de que o país sofra com falta de energia.

A usina, operada pela Chubu Electric Power Co's, localizada 200 quilômetros a sudoeste de Tóquio e considerada uma das mais perigosas do país, ocorre após um inesperado apelo público do primeiro-ministro, Naoto Kan.

Ao contrário da usina nuclear de Fukushima (nordeste do Japão), Hamaoka não foi danificada pelo terremoto de 9 graus Richter nem pelo  tsunami do dia 11 de março, mas fica em uma área com alto risco de atividade sísmica.

A empresa afirmou que pode recolocar a usina em funcionamento assim que um muro contra tsunami e outras medidas de segurança sejam aprovadas pelas autoridades.

Como essas adaptações podem demorar dois anos, aumenta o risco de falta de eletricidade no país, que já era uma ameaça após o fechamento da usina de Fukushima.

"Interrompendo os trabalhos na usina nuclear de Hamaoka, estamos causando um grande problema a curto prazo não apenas para aqueles na região da usina, mas também a muitos outros, incluindo nossos clientes e acionistas", afirmou o presidente da Chubu Electric, Akihisa Mizuno, em coletiva de imprensa.

"Mas implementar firmemente medidas para fortalecer a segurança será o alicerce para manter a energia nuclear segura e estável no longo prazo e, no final, gerar benefícios aos nossos clientes", acrescentou.

O fechamento da usina no centro do Japão pode desanimar os industriais a construírem ou ampliarem as fábricas e afetar também as expectativas dos trabalhadores e dos consumidores.

*Com agências internacionais