Nos EUA, condenado tem execução cancelada após juiza descobrir que ele sofria abusos
Uma juíza da Filadélfia, nos EUA, voltou atrás na decisão de executar um homem acusado de homicídio ao descobrir que ele havia sido abusado sexualmente pela vítima. A execução estava marcada para a próxima quarta-feira, 3 de outubro.
Com isso, o acusado Terrance Terry Williams terá direito a uma nova sentença, embora a acusação continue a mesma, homicídio em primeiro grau.
A juíza M. Teresa Sarmina disse nesta sexta-feira (27) que os advogados de acusação não informaram as evidências que ligavam Terry à vítima, o químico Amos Norwood, que tinha 51 anos na época do crime. Os promotores negaram qualquer intenção de esconder o fato.
Williams, que matou Norwood três meses depois de completar 18 anos, sofria de abusos pela vítima desde os 13 anos.
Leia mais
- Americano diz ser gordo demais para ter pena de morte executada
- Vice-presidente do Iraque é condenado à morte
- Suécia não extraditará Assange aos EUA se existir ameaça de pena de morte
- Mulher de ex-dirigente chinês é considerada culpada, mas tem pena de morte "suspensa"
- Britânica de 56 anos pode ser condenada à morte por entrar com 4,7kg de cocaína em Bali
"A juíza Sarmina achou que o promotor fez jogo e tomou medidas sujas para vencer", disse Shawn Nolan, advogado de Williams, em nota.
Segundo a juíza, a ligação entre acusado e a vítima nunca foi comentada durante o julgamento do caso, em 1984, levando o júri a condenar o réu à pena de morte.
Ainda em 1984, Williams foi condenado pela morte de Herbert Hamilton, que segundo a polícia, também era um pedófilo. Por esse crime, ele foi condenado por homicídio de terceiro grau.
O caso teve grande repercussão nos EUA. Um grupo de apoiadores, o "Terry Williams Clemency", contesta há anos a condenação, alegando que a morte de Norwood, pela qual Williams foi condenado à morte, foi resultado do trauma causado pelos dois homens. A própria viúva de Norwood defende a revogação da execução de Williams.
As informações são da rede "NBC".
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.