Coreia do Norte anuncia retirada de seus trabalhadores de complexo industrial
A Coreia do Norte anunciou nesta segunda-feira (8) que vai retirar temporariamente todos os seus trabalhadores do complexo industrial de Kaesong, após seis dias de bloqueio do acesso de funcionários sul-coreanos ao conjunto de fábricas que fica em seu território e é o único projeto em vigor entre as duas Coreias.
O secretário-geral do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores, Kim Yang-gon, anunciou a "suspensão temporária das operações do complexo" e acrescentou que o regime está considerando seu fechamento permanente, em declarações coletadas pela agência estatal "KCNA".
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Mais cedo, o ministério da Unificação de Seul informou que um total de 13 empresas cessou suas operações no complexo industrial de Kaesong por causa da restrição de Pyongyang ao acesso de funcionários sul-coreanos.
O ministério comunicou que outras nove empresas se somaram às quatro que já haviam suspendido seus trabalhos durante o fim de semana devido à falta de provisões.
Cerca de 54 mil empregados norte-coreanos fabricam produtos para 123 empresas da Coreia do Sul no complexo industrial de Kaesong, que representa uma importante contribuição de divisas ao regime de Kim Jong-un.
A Coreia do Norte multiplicou as declarações belicosas depois que a ONU adotou novas sanções contra o país, em fevereiro deste ano, por um teste nuclear realizado pelo país. Também expressou irritação com as manobras militares conjuntas de Estados Unidos e Coreia do Sul em território sul-coreano.
Pyongyang deslocou recentemente um segundo míssil de médio alcance para a costa leste, aumentando as especulações sobre a possível preparação de um lançamento.
O míssil Musudan tem alcance de 3.000 km e seria capaz de atingir o Japão. Com uma carga leve, poderia viajar 4.000 km e, em tese, atingir Guam, uma ilha do Pacífico situada a 3.380 km da Coreia do Norte onde estão 6.000 soldados americanos. (Com jornais internacionais)
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