Entenda como países devem reagir a eventual ataque da Coreia do Norte
A Coreia do Norte se tornou foco do noticiário internacional nas últimas semanas com seus alertas de uma suposta guerra nuclear iminente na região. O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, disse nesta terça-feira (9) que a tensão na região pode ficar "incontrolável" e nações pelo mundo responderam às ameaças do país com alertas diplomáticos ou mesmo deslocando soldados.
O arsenal do país inclui mísseis de longo alcance Tredpodong-1, que podem atingir todo o território da Coreia do Sul e do Japão, além de parte da Rússia e da China. Os projéteis Musudan têm alcance maior e podem atingir toda a Índia, parte do Oriente Médio e Guam, território norte-americano no Pacífico.
A Federação de Cientistas Americanos estima que a Coreia do Norte tenha até dez ogivas nucleares - os EUA teriam até 7,7 mil. Não se sabe se os mísseis do país têm capacidade para transportar a bomba atômica, o que não significa que a Coreia do Norte não tenha outros meios de explodi-la.
Confira como os países devem reagir a um eventual ataque da Coreia do Norte:
Coreia do Sul: "Um ataque simples com armas convencionais contra forças sul-coreanas levaria a uma resposta militar por parte da Coreia do Sul. Por sua vez, esta ação forçaria o aumento da escalada de agressões que, se não for parada, poderia resultar em uma guerra de grandes proporções com o uso de armas nucleares e químicas", segundo o diretor do programa de não proliferação de armas no Instituto Internacional de Estudos Estratégicos de Londres, Mark Fitzpatrick.
Estados Unidos: Afirmaram na terça-feira (9) que têm capacidade para interceptar um míssil norte-coreano, mas que só vão fazer isso se a trajetória projetada for perigosa. O país não especificou o limite do que seria “perigoso”, mas isso com certeza incluiria um ataque ao seu território: Guam ou o Estado do Alaska, por exemplo.
Japão: Posicionou na terça-feira (9) uma bateria de mísseis Patriot no centro de Tóquio para enfrentar qualquer disparo que ameace o país. Outras baterias antimísseis também serão instaladas na ilha de Okinawa, no sul do país. Na quarta-feira (10), anunciou que se encontra em "estado de alerta" para interceptar qualquer míssil que ameace o arquipélago.
China: É aliada da Coreia do Norte. O presidente chinês, Xi Jinping, disse no domingo (6) que nenhum país "deve ter permissão para jogar uma região e mesmo o mundo inteiro no caos para ganho próprio", sem citar o aliado.
União Europeia: Planeja enviar na quarta-feira (10) uma nota diplomática à chancelaria norte-coreana dizendo que o país está errado ao proclamar que uma guerra é iminente. Também adotará em breve as sanções da Organização das Nações Unidas aprovadas em março, após o teste nuclear da Coreia do Norte.
Brasil: O país está longe do alcance norte-coreano. O embaixador brasileiro na Coreia do Norte, Roberto Colin, diz que “os únicos cidadãos brasileiros que vivem na Coreia do Norte hoje são a mulher do embaixador da Palestina e sua filha caçula. (...) Não existe um plano de evacuação definido, mas, em situação de emergência, a embaixada seria evacuada para Dandong, China”.
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