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Possível detonador é encontrado em Boston; FBI diz que autoria continua em aberto

Do UOL, em São Paulo

16/04/2013 19h50Atualizada em 16/04/2013 20h18

Investigadores do FBI --a polícia federal americana-- encontraram nesta terça-feira (16) um material que julgam ter sido usado na construção das bombas que explodiram durante a Maratona de Boston, nesta segunda-feira (15), mas afirmam que ainda não têm informações sobre a autoria dos ataques.

As duas explosões na linha de chegada da Maratona deixaram três mortos e mais de 170 feridos.

Personagens da tragédia

  • Reprodução/Boston Globe

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  • Charles Krupa/AP

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  • Reprodução/Facebook

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  • Arquivo pessoal

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  • Reprodução

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Segundo os investigadores, foi encontrado uma placa de circuito, usada geralmente na fabricação de computadores e sistemas de segurança. De acordo com a polícia, as bombas foram construídas com panelas de pressão e embaladas com rolamentos de pregos de metal. As bombas foram colocadas em sacos de lona preta e deixadas em dois pontos diferentes da mesma rua, afirmou um dos investigadores ao jornal “Boston Globe”.

A que explodiu primeiro foi a bomba colocada no chão da rua Boylston, em local que dava visão a linha de chegada e próximo de onde o governador de Massachussets, Deval Patrick, iria sentar. A segunda bomba foi colocada no chão da mesma rua, a aproximadamente cem metros da primeira. As bombas foram detonadas com 12 segundos de diferença.

"Vamos descobrir quem prejudicou os nossos cidadãos e vamos levá-los à Justiça", disse o governador.

As vítimas das explosões foram feridas com pregos e pedaços de metais, informaram nesta terça-feira (16) os médicos que estão tratando os feridos mais graves, alguns dos quais tiveram seus membros inferiores amputados.

Vítimas

A primeira vítima a ser identificada pelas autoridades foi o garoto Martin Richard, de oito anos. Segundo relatos de amigos da família ao jornal "Boston Globe", ele estava na linha de chegada da prova e aguardava o pai, Bill Richard, concluir a corrida.

A mãe e a irmã de Martin, de apenas seis anos, estão hospitalizadas. Elas estão entre as 17 vítimas gravemente feridas --no total, foram mais de 170 atingidos.

Krystle Campbell, 29, natural de Medford, também no Estado de Massachusetts, foi a segunda vítima da explosão, de acordo com o jornal "Huffington Post" e com o portal da "NBC News". Ela morreu no que foi classificado pelo presidente Barack Obama como "ato de terror". A morte foi confirmada à "NBC" pelo pai de Krystle, William Campbell.

A terceira vítima das explosões era aluno da Boston University, informou a instituição na noite desta terça-feira (16), de acordo com o jornal "Boston Globe". O nome da vítima não foi informado, mas sabe-se que ela estava assistindo a corrida junto a três amigos. Um deles foi ferido e está em recuperação.

Segundo a universidade, a vítima era graduada pela Kenmore Square School, também situada em Boston, no Estado de Massachussets.

Investigação

O governo dos EUA ainda não sabe quem são os autores nem a motivação do crime.

"O FBI está investigando isso como um ato de terror. Não sabemos quem realizou esse ataque, não sabemos se foi um grupo estrangeiro ou doméstico ou se foi ação de um indivíduo", disse Obama em pronunciamento transmitido pela TV.

"Cada vez que são usadas bombas contra civis inocentes, trata-se de um ato de terrorismo", afirmou o presidente. "Este foi um ato atroz e covarde."

 

Bombas

O governador de Massachusetts, Deval Patrick, confirmou que foram utilizadas duas bombas no ataque. Informações desencontradas diziam que outros dois artefatos que não explodiram haviam sido encontrados na região do atentado.

"É importante esclarecer que dois e somente dois artefatos explosivos foram encontrados na região. O resto dos pacotes que foram analisados não eram artefatos que não explodiram", afirmou Patrick.

Entre a noite e madrugada de ontem, o FBI passou cerca de nove horas em um apartamento atrás de provas que poderiam esclarecer a origem dos ataques.

Os policiais chegaram por volta das 17h (18h no horário de Brasília) de segunda-feira e deixaram o lugar na madrugada desta terça, por volta das 2h15 (3h15 em Brasília).

Os investigadores saíram do prédio com três grandes sacos plásticos com o material que foi apreendido. Não se sabe o que havia dentro das sacolas. Dois homens que se identificaram como sauditas e circulavam pelo prédio foram abordados pelos policiais, mas ninguém chegou a ser preso

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