Palermo sai na frente em corrida 'milionária' por desmanche do Costa Concordia
A capital siciliana de Palermo deve ser escolhida para desmontar o navio de cruzeiro Costa Concordia - endireitado nesta terça-feira (17) depois de se acidentar em janeiro de 2012 -, segundo o jornal italiano “Corriere della Sera”. O negócio pode render milhões de euros para a cidade.
O ministério do Desenvolvimento Econômico começou a discutir o assunto na quinta-feira (19), e autoridades palermitanas, num esforço conjunto entre Estado e município, apresentaram um pedido oficial para receber o transatlântico.
Representantes da prefeitura que participaram do encontro ministerial afirmaram que “nossas docas têm todos os requerimentos necessários para a operação”.
O desmonte exige instalações marítimas com capacidade para centenas de toneladas, geralmente usadas na construção de plataformas petrolíferas.
Além de Palermo, outras cidades como Piombino, Nápoles e Gênova também disputam a operação de desmanche, mas a capital siciliana é a única que já tem as instalações adequadas – as demais precisariam construir estaleiros e docas especialmente para o desmonte.
“Fazer isso aqui em Palermo é a escolha lógica, devido aos baixos custos da cidade se comparados com o das concorrentes”, afirmou o prefeito Leoluca Orlando.
A assembleia regional siciliana já votou uma moção que pede ‘empenho total’ de todas as autoridades locais para levar o Concordia para a capital.
Além de ser um negócio milionário, as operações que darão um fim ao Costa Concordia devem gerar centenas de empregos por um período superior a seis meses.
O navio só será rebocado para o porto de desmonte “depois da primavera”, disse o jornal, citando o diretor das operações de rotação da embarcação, Nick Sloane.
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