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Obama diz que paralisação do governo fere imagem dos EUA ao redor do mundo

Do UOL, em São Paulo

08/10/2013 16h23

Em entrevista concedida na Casa Branca na tarde desta terça-feira (8), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que a paralisação do governo do país, provocada por um impasse sobre a votação do orçamento e da dívida do país, fere a credibilidade norte-americana.

A crise orçamentária que os EUA atravessam entrou hoje em seu oitavo dia. O país chegará ao limite de seu endividamento em 17 de outubro. Se o teto não for ampliado, entrará em moratória. Os funcionários federais estão paralisados desde terça-feira (1º) devido à falta de acordo entre republicanos e democratas para votar a elevação do teto no Congresso. 

O presidente afirmou que deixou de participar de uma conferência internacional na Ásia nesta semana por conta da paralisação do governo. "Sempre que fazemos essas coisas [referindo-se aos impasses políticos], nossa credibilidade é ferida em todo o mundo. Faz parecer que não conseguimos agir em conjunto", disse Obama

Na entrevista, Obama fez um apelo para que o Congresso vote logo a elevação do teto da dívida para reconduzir o governo à normalidade. Para Obama, uma falha na elevação do teto da dívida "seria dramaticamente pior" do que a paralisação do governo.

O presidente Obama criticou os parlamentares republicanos pela resistência em debater a dívida do país e pela tática de paralisar o governo. "Vamos afastar essas ameaças que caem sobre nossas famílias e nossos negócios e vamos voltar a trabalhar", disse ele a repórteres, referindo-se ao impasse que vive o Parlamento norte-americano.

Durante a manhã de hoje, Obama ligou para o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, para transmitir sua disposição para negociar qualquer aspecto de política econômica ou doméstica, mas apenas se o Congresso desbloquear a paralisação federal e permitir o aumento do teto da dívida.

Durante o evento, Obama afirmou que fica "feliz por poder falar com ele [Boehner] e com qualquer outro republicano".