Governo dos EUA gastou US$ 630 mil com "curtir" no Facebook

Em Washington

O departamento de Estado recebeu fortes críticas nesta quarta-feira (3) por ter investido US$ 630 mil dólares durante dois anos para obter milhões de "curtir" em sua página do Facebook em um contexto de crise econômica e políticas de austeridade.

O relatório de um organismo de inspeção dos custos do Departamento revelou que o Estado financiou duas campanhas publicitárias em 2011 e 2012 com o "objetivo de construir plataformas globais para atrair o público internacional e aumentar o número de seguidores em quatro aplicativos temáticos do Facebook".

Segundo o Escritório de Inspeção Geral existem críticas internas "sobre as campanhas publicitárias para acumular seguidores que consistem em clicar em um lugar ou uma foto sem mostrar um interesse real nem se comprometer".


Apesar de as páginas administradas pelo Departamento de Estado terem, em meados de março, dois milhões e meio de usuários, o relatório publicado no final de junho revela que apenas 2% deles são membros ativos da rede e trocam conteúdos ou informação presente na mesma.

A porta-voz do departamento de Estado, Jen Psaki, afirmou que o relatório será levado em consideração e que serão implantadas recomendações para o ano fiscal de 2014, que começa em outubro.

Grampos nos EUA

O programa O Prism é um programa de inteligência secreta americana que daria ao governo acesso aos dados de usuários de serviços de grandes empresas de tecnologia
Quais dados? Não se sabe exatamente, mas qualquer informação poderia ser consultada. O jornal 'Washington Post' cita e-mail, chat, fotos, vídeos e detalhes das redes sociais
Quem sabia? Segundo Obama, o programa foi aprovado pelo Congresso e é fiscalizado pelo Poder Judiciário no país. Todas as empresas negaram participação
Funcionamento De acordo com fontes do jornal britânico 'The Guardian', o governo poderia ter acesso aos dados sem o consentimento das empresas, mas, como eles são criptografados, precisaria de chaves que só as companhias possuem
Empresas possivelmente envolvidas Microsoft, Google, Facebook, Yahoo, Apple, Paltalk, Skype, Youtube, AOL

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