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Promotor turco morre após ser resgatado de sequestradores ligados a grupo radical

Um promotor foi tomado como refém por indivíduos de um grupo armado de extrema esquerda - Ihlas News Agency/AFP
Um promotor foi tomado como refém por indivíduos de um grupo armado de extrema esquerda Imagem: Ihlas News Agency/AFP

Do UOL, em São Paulo

31/03/2015 15h55Atualizada em 31/03/2015 20h03

O promotor Mehmet Selim Kiraz, que investigava a morte de uma vítima das manifestações do parque Gezi, morreu após ter sido tomado como refém durante seis horas por dois indivíduos de um grupo armado de extrema esquerda que invadiram nesta terça-feira (31) o Palácio de Justiça Caglayan, em Istambul. A polícia turca matou os dois sequestradores durante o resgate.

O presidente turco, Tayyip Erdogan, disse que Kiraz foi alvejado três vezes na cabeça e duas no corpo. Apesar de ter sido levado às pressas para uma cirurgia de emergência em um dos hospitais da cidade, o promotor não resistiu aos ferimentos.

Uma imagem com um homem armado apontando para a cabeça do promotor foi divulgada nas redes sociais. Sua autenticidade não pôde ser comprovada. Atrás dos dois pode ser vista na parede uma bandeira do Partido-Frente de Libertação Popular Grupo Marxista Revolucionário (DHKP-C).

Um comunicado divulgado em um site próximo ao grupo armado diz que os sequestradores exigiam que as autoridades cumprissem com várias reivindicações, caso contrário matariam o promotor.

A vítima cuja morte era investigada pelo promotor é Berkin Elvan, que morreu em 11 de março de 2014 depois de passar 269 dias em coma em consequência de uma granada de gás lacrimogêneo lançada pela polícia durante uma manifestação em junho de 2013 em Istambul. 

Entre as reivindicações dos sequestrados, estava a confissão ao vivo dos policiais suspeitos de matar o menor durante as manifestações. Além disso, eles exigiam que as autoridades assegurassem uma saída segura dos sequestradores do Palácio da Justiça.