Polícia húngara usa gás lacrimogêneo contra refugiados na fronteira com a Sérvia
A polícia de choque húngara utilizou gás lacrimogêneo e jatos de água contra refugiados na fronteira com a Sérvia, depois que imigrantes jogaram pedras e garrafas do outro lado do alambrado que separa os dois países.
Em um comunicado, a polícia húngara indica que um grupo de migrantes tentou passar pela barreira que fecha a fronteira.
Não há ainda um balanço sobre possíveis feridos.
Quase 500 migrantes estavam no local durante a tarde e 300 participaram nos distúrbios, aos gritos de "Freedom, freedom" (Liberdade, liberdade) e jogando objetos contra os policiais húngaros.
Crianças e adultos choravam após o uso do gás e os policiais sérvios, que observavam a cena sem intervir, foram obrigados a usar lenços para evitar o gás lacrimogêneo.
Dois helicópteros húngaros, um do Exército e outro da polícia, sobrevoavam o local.
Este foi o primeiro incidente do tipo constatado desde que Budapeste fechou completamente a fronteira com a Sérvia para evitar a entrada de refugiados, na segunda-feira (14) à noite.
A Hungria informou que foram presos 519 refugiados que cruzaram ilegalmente a fronteira desde a 0h de terça-feira, quando começou a aplicar a lei que penaliza com prisão a entrada irregular no país.
Foram abertos procedimentos penais em 91 casos por cruzamento ilegal da fronteira, castigados com um máximo de cinco anos de prisão, informou em entrevista coletiva György Bakondi, assessor de Segurança Nacional do governo.
Alguns dos julgamentos começarão hoje mesmo, anunciou Bakondi.
Os acusados devem ser condenados à prisão condicional e expulsos do país.
Novas rotas
Como alternativa, vários refugiados começaram a buscar outras rotas para chegar à Alemanha e outros países europeus.
Cerca de 150 refugiados entraram na Croácia a partir da Sérvia. O grupo, integrado sobretudo por sírios e afegãos, atravessou a fronteira na altura de Tovarnik (nordeste da Croácia), depois de passar pela cidade sérvia de Sid.
A polícia croata conduziu os migrantes a Tovarnik, onde serão registrados e passarão por exames médicos em caso de necessidade.
O primeiro-ministro Zoran Milanovic descartou a possibilidade de construir uma cerca na fronteira, como fez a Hungria.
Ele afirmou que os imigrantes serão autorizados a atravessar e continuar a jornada para a Europa Ocidental.
"A Croácia está inteiramente pronta para receber ou direcionar estas pessoas para onde elas querem ir, que obviamente é a Alemanha ou países escandinavos", disse Milanovic ao Parlamento.
"Elas irão conseguir passar pela Croácia e nós vamos ajudar, estamos nos preparando para esta possibilidade", disse. (Com agências internacionais)
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