Ícone da guerra do Vietnã, vítima de napalm ameniza dor com laser
Símbolo vivo do horror da guerra do Vietnã, Kim Phuc ficou conhecida em todo o mundo como a menina fotografada em prantos, correndo com o corpo queimado, após ser vítima de um ataque do Vietnã do Sul com agente napalm (gel pegajoso e incendiário) em 1972. Mais de quatro décadas depois, ela encontrou uma nova chance de curar suas cicatrizes --ao menos as visíveis.
Com 52 anos, Phuc começou um tratamento a laser em Miami (EUA) que, segundo os médicos responsáveis, vão suavizar as dores do corpo e o tecido cicatrizado que toma seu braço esquerdo, o pescoço e as costas.
"Por anos eu achei que só não teria cicatrizes e dores quando chegasse ao céu. Agora, o céu está na Terra para mim", disse ela, que hoje mora no Canadá com o marido e dois filhos.
O napalm gruda na pele, fazendo com que suas vítimas não consigam escapar do calor, como num incêndio normal. Segundo os médicos que hoje tratam de Phuc, o fogo no corpo dela destruiu a pele até a camada de colágeno, deixando cicatrizes cuja espessura é de quatro vezes a da pele normal. Seus movimentos ficaram limitados. Numa escala de zero a dez, ela dá dez para a dor que sente.
Os lasers usados para tratar Phuc foram originalmente desenvolvidos para suavizar rugas, conta Jill Waibel, dermatologista que atende a vietnamita. Após a aplicação de sedativos na paciente, os raios aquecem a pele ao ponto de vaporizar o tecido cicatrizado, deixando buracos microscópicos para a absorção de medicamentos que estimulam a produção de colágeno.
Pode parecer agressivo, mas não para Phuc, que passou por tratamentos bem mais dolorosos quando mais nova.
"Isso foi leve, fácil", disse após uma aplicação.
Segundo Waibel, o tratamento deverá ter sete sessões ao longo de oito ou nove meses. "Talvez leve um ano", conta Phuc, já de volta ao Canadá. "Mas estou muito animada e grata." (Com AP)
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