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Estado Islâmico reivindica autoria de atentado no Sinai; cinco morreram

Pedaços de um carro-bomba ficam espalhados na rua em Al-Arish (Egito), no norte da Península do Sinai, após um atentado em frente a um hotel - EFE
Pedaços de um carro-bomba ficam espalhados na rua em Al-Arish (Egito), no norte da Península do Sinai, após um atentado em frente a um hotel Imagem: EFE

Do UOL, em São Paulo

24/11/2015 11h35

Os jihadistas do Wilayat Sinai (Província do Sinai), afiliados ao Estado Islâmico (EI) no Egito, reivindicaram a autoria do atentado contra um hotel no norte da Península do Sinai, nesta terça-feira (24), de acordo com informações de agências internacionais de notícias. 

Ao menos cinco pessoas morreram, segundo a Reuters, e 17 ficaram feridas após a explosão de um carro-bomba em frente a um hotel em Al-Arish.

Em declaração divulgada na internet, os militantes ligados ao EI disseram que a ação se trata de "vingança pela prisão por parte do Exército apóstata de algumas mulheres muçulmanas".

Representantes das Forças de Segurança do Egito afirmaram que, além do carro-bomba, explosões também foram provocadas por um homem que carregava um cinto de explosivos. Um terceiro agressor abriu fogo contra hóspedes no local, o hotel Swiss Inn.

Estariam entre os mortos Amr Moustafa Hosni, subsecretário da promotoria-geral, e Omar Mohamed Hammad, subsecretário do Conselho de Estado. As outras vítimas seriam três policiais. Os três homens que fizeram o ataque morreram.

O hotel hospedava uma delegação de juízes que têm como missão supervisionar a apuração nas eleições legislativas realizadas no país.

"Este incidente brutal é uma tentativa fracassada de atrapalhar o Estado a construir sua instituição, mas nós asseguramos que isso irá aumentar o impulso e a insistência das Forças Armadas e do Ministério do Interior de extirpar as raízes do terrorismo no norte do Sinai", diz um comunicado militar.

As explosões destruíram todos os vidros do Swiss Inn, afetando também as paredes do hotel.

O primeiro criminoso detonou o automóvel repleto de explosivos no momento em que policiais tentavam impedir que ele ultrapassasse uma barreira de segurança do hotel, informou o ministério do Interior.

"Depois aconteceu um tiroteio entre os policiais e outro homem-bomba, que tentava entrar no estabelecimento, quando ele aí ativou o cinturão de explosivos", afirma um comunicado.

A região do Sinai é reduto de ataques dos jihadistas do Estado Islâmico e foi palco de um atentado que deixou 224 mortos, em sua maioria russos, no final do mês passado. (com agências internacionais)