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Ataques na capital da Indonésia deixam ao menos 7 mortos

Do UOL, em São Paulo

14/01/2016 02h53Atualizada em 15/01/2016 10h12

Uma série de explosões e um tiroteio ocorridos na manhã desta quinta-feira (14) no centro de Jacarta, capital da Indonésia, deixou ao menos sete mortos -- entre eles, cinco homens armados que foram mortos ou se explodiram.

Um estrangeiro -- um holandês -- estaria entre as vítimas. Ao menos 10 pessoas ficaram feridas.

Segundo testemunhas, os ataques coordenados incluíram ao menos seis explosões e pode ter envolvido dezenas de atiradores.

Após cerca de cinco horas, a polícia declarou ter controlado a situação.

O presidente do país, Joko Widodo, chamou de "atos terroristas" os ataques, que tiveram como alvo sobretudo um café Starbucks próximo a várias agências da ONU e embaixadas.

A rede internacional Starbucks anunciou o fechamento "até nova ordem" de todos os cafés em Jacarta.

"Esta unidade e todos os outros Starbucks de Jacarta permanecerão fechados, por precaução, até novo aviso. Acompanhamos de perto a situação", anunciou o grupo em um comunicado divulgado em sua sede em Seattle, Estados Unidos.

A primeira detonação aconteceu por volta do meio-dia local, e tinha como alvo um posto de polícia, segundo a emissora local "DetikTv". Após a explosão, teve início um intenso tiroteio que foi seguido por mais explosões.

Segundo o jornal "Kompas", os disparos atingiram várias pessoas, por isso o número de vítimas pode aumentar.

País em alerta

A polícia anunciou recentemente que desbaratou um atentado suicida planejado para a noite de Ano Novo em Jacarta por supostos extremistas, alguns deles vinculados ao grupo Estado Islâmico (EI).

A polícia pediu aos moradores que se mantenham em suas casas e se afastem das janelas.

A Indonésia estava e permanece em alerta para possíveis ataques terroristas contra as autoridades locais e lugares frequentados por estrangeiros. O país tem a maior população muçulmana do mundo, 88% de seus 250 milhões de habitantes, e já foi alvo de vários ataques de islamitas radicais.

O maior deles foi em 2002, na ilha turística de Bali, quando 202 pessoas morreram, em sua maioria turistas australianos.

O presidente indonésio pediu aos compatriotas que não se deixem vencer pelo medo.

"Não seremos vencidos por estes atos terroristas", declarou Widodo ao canal Metro TV.

Widodo pediu ainda à população que evite especulações sobre os possíveis grupos extremistas que estão por trás dos atentados e que espere os resultados da investigação policial. (Com agências internacionais)