Topo

Após impeachment de Dilma, Equador e Bolívia convocam representantes diplomáticos

Juan Karita/AP
Imagem: Juan Karita/AP

Do UOL, em São Paulo

31/08/2016 16h27

Após o impeachment de Dilma Rousseff, o presidente do Equador, Rafael Correa, e o presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmaram que convocarão as representações democráticas de seus países no Brasil.

Correa anunciou no Twitter que chamou para consultar o encarregado de negócios de sua embaixada no Brasil. Segundo ele, o impeachment de Dilma é "ilegítimo" e um "golpe de Estado".

Em comunicado, o Ministério de Relações Exteriores equatoriano rejeitou "a flagrante subversão da ordem democrática no Brasil" e destacou que "políticos adversários e outras forças de oposição se confabularam contra a democracia para desestabilizar o governo e remover de seu cargo, de forma ilegítima, a presidente Dilma Rousseff".

"Destituíram Dilma. Uma apologia ao abuso e à traição. Retiraremos nosso encarregado da embaixada. Jamais compactuaremos com essas práticas, que nos recordam as horas mais obscuras de nossa América. Toda a nossa solidariedade à companheira Dilma, a Lula e a todo o povo brasileiro. Até a vitória sempre!"

Também por meio das redes sociais, o presidente da Bolívia, Evo Morales, já havia dito que chamaria seu representante no Brasil de volta caso o impeachment fosse aprovado, oficializou a convocação. No Twitter, escreveu:

"Condenamos o golpe parlamentar contra a democracia brasileira. Acompanhamos Dilma, Lula e seu povo nesta hora difícil. Estamos convocando o nosso embaixador no Brasil para assumir as medidas que neste momento se aconselham."