Veja o que Trump achava do sistema eleitoral dos EUA na reeleição de Obama
Se hoje Donald Trump conquistou a presidência dos Estados Unidos justamente por causa do Colégio Eleitoral americano - a apuração, ainda pendente, aponta Hillary Clinton como vencedora do voto popular -, o empresário e aspirante a político de quatro anos atrás não se mostrava exatamente um fã do complexo sistema eleitoral americano.
Durante a apuração de votos da disputa entre Barack Obama e o Mitt Romney em 2012, a reeleição do presidente se confirmava com suas vitórias em Estados-chave, mas Romney ainda aparecia na frente no voto popular. Forte opositor de Obama, Trump atacou ferozmente o sistema, em uma série de posts no Twitter.
"Ele [Obama] perdeu o voto popular por muito e ganhou a eleição. Deveríamos ter uma revolução nesse país. Esse Colégio Eleitoral fraudulento fez da nossa nação motivo de chacota. Não podemos deixar isso acontecer. Deveríamos marchar até Washington e parar essa farsa. Nossa nação está totalmente dividida! Vamos lutar como nunca e parar essa enorme e nojenta injustiça. O mundo está rindo de nós. Mais votos gerando uma derrota… revolução!", escreveu Trump.
Em outro momento, Trump disse que o Colégio Eleitoral era um "desastre para a democracia".
Eventualmente, Obama ultrapassou Romney também no voto popular, conquistando 65,9 milhões de votos contra 60,9 do republicano - Trump apagou os tweets que citavam a derrota do Obama no voto popular. No Colégio Eleitoral, Obama recebeu 332 votos contra 206 de Romney.
A disputa entre Hillary e Trump no voto popular aponta uma vantagem de cerca de 200 mil votos -ou 0,2% - a favor da democrata. Michigan, Arizona e New Hampshire ainda têm seus resultados pendentes, mas a tendência é que o republicano vença os dois primeiros Estados e a democrata fique com o último. Se esse cenário se confirmar, Trump terá 306 votos no Colégio Eleitoral contra 232 de Hillary.
Nesta quinta-feira (10), Trump e Obama se encontraram na Casa Branca para organizar a transição presidencial.
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