Atirador que matou embaixador russo seria ligado a clérigo exilado nos EUA
O policial turco Mevlut Mert Altintas, que assassinou nesta segunda (19) o embaixador russo na Turquia Andrei Karlov durante discurso do diplomata em uma galeria de arte em Ancara, teria ligações com um clérigo turco exilado nos Estados Unidos. A informação é da agência de notícias Reuters.
De acordo com a agência, um oficial de alta patente turco afirmou que há "sinais muito fortes" que o atirador pertencia à rede comandada pelo clérigo Fethullah Gulen. O Governo da Turquia acusa Gullen de orquestrar a tentativa de golpe frustrada que ocorreu no país no último mês de julho.
O presidente turco Racep Erdogan ainda acredita que Gullen criou uma "rede paralela" no país que incluiria a polícia, forças armadas, judiciário e serviços civis. O clérigo nega as acusações de Erdogan.
Gulen vive em uma espécie de exílio na Pensilvânia, nos Estados Unidos, desde o ano de 1999.
Erdogan e Putin alinham discurso sobre atentado
Segundo sites internacionais, o presidente russo Vladimir Putin ligou para o presidente turco Racep Erdogan logo após o assassinato. Putin ainda teria pedido uma reunião de emergência com o seu ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, e com chefes de forças de segurança.
Putin afirmou que o ataque foi feito para prejudicar as relações do país com os turcos. Erdogan utilizou o mesmo tom e declarou que um comitê de investigação dos dois países será instaurado.
Nesta terça-feira (20), já estava programado um encontro entre representantes dos Ministérios das Relações Exteriores da Rússia, Irã e Turquia sobre a guerra civil síria.
Rússia e Irã estão no mesmo lado da Síria, onde apoiam o regime de Bashar al-Assad, tanto política como militarmente, já que os aviões russos e as milícias iranianas participaram ativamente nos combates. A Turquia é membro da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e apoia grupos rebeldes.
Turquia e Rússia têm tido uma relação delicada nos últimos anos. Ambos defendem lados contrários na guerra civil síria. O ápice da turbulência dessas relações ocorreu em 2015, quando um jato militar russo foi abatido pela Turquia, que acusou invasão de espaço aéreo.
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