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Noruega rejeita turistas por coronavírus e avisa: 'será mandado de volta'

Erna Solberg, premiê da Noruega, só permitirá a entrada de pessoas a trabalho no país - Lise Åserud / NTB Scanpix / AFP
Erna Solberg, premiê da Noruega, só permitirá a entrada de pessoas a trabalho no país Imagem: Lise Åserud / NTB Scanpix / AFP

Do UOL, em São Paulo

18/05/2020 15h54

A premiê da Noruega, Erna Solberg, avisou hoje que ainda não é o momento de o país voltar a receber turistas e visitantes que não tenham um compromisso de trabalho em solo norueguês. A primeira-ministra foi além e mandou um recado para quem quiser se arriscar a desrespeitar a medida do governo.

"Se você não tem um motivo de trabalho para vir à Noruega, você será mandado de volta quando chegar", prometeu a premiê em entrevista à CNN internacional.

A Noruega vem relaxando as medidas de distanciamento desde meados de abril e acredita ter controlado a pandemia do coronavírus em seu território. No entanto, o receio é de receber casos importados da covid-19.

"Estamos desencorajando as pessoas a deixarem a Noruega", completou Erna, deixando claro que a estratégia é se proteger também de cidadãos noruegueses que possam sair do país e voltar contaminados.

Apesar de a Noruega viver um momento de reabertura após passar pelo pior momento da pandemia, a premiê norueguesa reforçou que os efeitos da crise provocada pelo coronavírus no país são graves.

"Nós nunca tivemos uma situação como essa na Noruega desde a Segunda Guerra Mundial", disse Erna, citando os baixos preços do petróleo como um dos principais fatores para a crise econômica no país, já que a Noruega está entre as maiores nações produtoras do produto.

Nas últimas semanas, os noruegueses têm vivido um relaxamento das medidas de distanciamento social. As escolas para crianças de 6 a 10 anos voltaram no fim de abril, mesmo que com uma série de restrições para o funcionamento. Sobre as restrições de viagem, Erna afirmou que o fim das medidas depende da evolução da pandemia no país.

A Noruega foi um dos países a controlar a pandemia mais rápido na Europa. Os dados hoje apontam mais de 8 mil contaminados, cerca de 7 mil recuperados e 232 mortes causadas pelo coronavírus.