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Saúde dos mares do Brasil fica acima da média global

Homem passa de barco sobre os corais e os recifes da costa de Raja Ampat, na Indonésia - Sterling Zumbrunn/Conservation International
Homem passa de barco sobre os corais e os recifes da costa de Raja Ampat, na Indonésia Imagem: Sterling Zumbrunn/Conservation International

Do UOL

Em São Paulo

15/08/2012 17h21

As águas dos mares e dos rios do Brasil têm melhores condições e qualidade do que a média global, registra o novo Índice de Saúde do Oceano (OHI, na sigla em inglês) publicado nesta quarta-feira (15) na revista Nature. Ele recebeu 62,4 pontos e está em 35º lugar no ranking feito com 171 países costeiros – marca que o coloca 18 posições acima da média global, com 60 pontos.

O país, no entanto, perde em quatro dos dez quesitos avaliados, como águas limpas (76 do país contra 78 do geral), turismo e recreação (0 contra 10), subsistência e economia (51 contra 75) e produtos naturais (29 contra 40). As ilhas Jarvis, território desabitado no Pacífico sul, são as melhores colocadas na lista, com 86 pontos; já a nação africana Serra Leoa fica com o último lugar, com 36 pontos.

A média global aponta para uma péssima qualidade e manutenção das águas oferecida em todo o mundo, o que afeta diretamente cerca da metade da população que vive perto da costa. "Evidentemente, a presença humana tem um impacto negativo substancial para o oceano, e os resultados estão em relação inversa à população costeira", afirma o texto dos pesquisadores.

O estudo da Conservação Internacional, da National Geographic Society e do New England Aquarium é baseado em dez fatores, que medem o uso que as pessoas fazem dos recursos e dos serviços oferecidos pelo oceano e pelos ambientes costeiros, e montam uma escala de até 100 pontos. Quanto menor a pontuação, pior a situação do país no aproveitamento e no uso sustentável dos recursos.