Ásia exporta 500 mil peles de cobra por ano, calcula estudo
O sudeste da Ásia exporta 500 mil peles de cobra píton anualmente e gera um comércio que fatura US$ 1 bilhão (cerca de R$ 2 bilhões) a cada ano, revela pesquisa do Centro de Comércio Internacional e da União Internacional para a Conservação da Natureza.
Os principais compradores do couro, diz o estudo financiado pela Dinamarca, são as indústrias de moda e de couro europeias, principalmente de marcas da Itália, da Alemanha e da França.
Como grande parte das cobras são abatidas antes de atingir sua fase reprodutiva, o estudo alerta para a possível insustentabilidade no abastecimento do comércio de peles. O texto recomenda, portanto, a aplicação de uma abordagem preventiva, com definição de limites mínimos em relação ao tamanho, para garantir a proteção da pele de jovens répteis.
Rastreamento
Para garantir um fornecimento legal e sustentável, o estudo destaca o papel dos setores beneficiários no apoio à Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres e aos países em desenvolvimento.
Uma das recomendações é que a indústria da moda implemente um sistema de rastreamento para provar aos consumidores que a terceirização é legal e sustentável. A proposta é que o sistema complemente o que existe na Convenção, "para permitir a identificação das peles ao longo da cadeia de fornecimento".
O documento levanta, ainda, preocupações com a questão da ilegalidade, questões comerciais, bem-estar do animal e o impacto do comércio sobre a conservação das populações dessas cobras.
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