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EUA correm risco de uma "megasseca" que duraria 30 anos, aponta estudo

Combinação de fotos da Nasa mostra efeito da seca na Califórnia - Nasa
Combinação de fotos da Nasa mostra efeito da seca na Califórnia Imagem: Nasa

Do UOL, em São Paulo

17/02/2015 06h00

Um estudo divulgado pela Nasa (agência espacial americana) aponta que as emissões de gases poderiam aumentar radicalmente o risco de grandes secas nos Estados Unidos, a ponto de as regiões sudeste e planícies centrais experimentarem um período de 30 anos de estiagem.

A pesquisa indica que as secas registradas no sudeste e na região das planícies centrais dos Estados Unidos nos últimos 50 anos podem ser mais longas do que as experimentadas nos últimos mil anos. Segundo o pesquisador-chefe Ben Cook, cientista climática do Instituto Goddard para Estudos Espaciais e do Observatório da Terra Lamont-Doherty na Universidade de Columbia, a situação deve piorar bastante se não houver controle das emissões de gases.

De acordo com a pesquisa, há uma probabilidade de 12% de que essas regiões experimentem uma "megasseca", que duraria três décadas. Entretanto, se as emissões de gases de efeito estufa continuarem a crescer durante todo o século 21, essa probabilidade subiria para 80% entre 2050 e 2099.

"Secas naturais como a dos anos 1930 e a que vivemos hoje no sudeste do país historicamente duraram um pouco menos de uma década", afirmou o pesquisador. "O que os números nos mostram agora é que vamos experimentar uma seca semelhante a essas, mas que provavelmente vai durar de 30 a 35 anos".