Avocado invocado? Sapo 'mal-humorado' é um dos mais peculiares do mundo
Com uma cara de 'poucos amigos', o sapo preto da chuva ou 'sapo arlequim de Etelzner' é endêmico na África do Sul. Considerado o mais carrancudo do mundo, o sapinho é da espécie Breviceps fuscus, da família Microhylidae.
Seu habitat natural - florestas temperadas e matagais mediterrânicos a 3.300 pés de altitude, especificamente nas montanhas de Cape Fold - está em processo de escassez. Por conta disso, é um animal ameaçado de extinção.
De onde vem tanto 'mau humor'?
Com formato redondo e coloração escura, além de pequenas protuberâncias espalhadas pelo corpo, o sapo preto da chuva vive sendo comparado a um abacate do tipo avocado.
Mas, além da semelhança com a fruta, o que chama mais atenção, de fato, é a sua ausência de simpatia.
A razão para essa criaturinha transparecer estar sempre de mau com a vida é simples: o formato de sua boca tem a curvatura para baixo naturalmente. Assim, mesmo que ele quisesse, não conseguiria mudar a expressão.

Ainda que pareçam irritados, quem encontrar um desses pelo caminho não deve se amedrontar. Isso porque são sapinhos que não são considerados perigosos. Na verdade, trata-se de uma espécie que adora se manter solitária e, segundo um estudo de 2004 publicado no Global Biodiversity Information Facility, tenta fugir de seus predadores, geralmente porcos, modificando seu corpinho.
Quando perturbados, eles inflam seus corpos a tal ponto que é difícil removê-los dos túneis, provavelmente uma estratégia adaptativa para escapar da predação estudo do SI/MAB Biodiversity Program, 2004

Pequenos grandes escavadores
Apesar de serem pequeninos - medem entre quatro e cinco centímetros -, os sapos pretos da chuva conseguem cavar túneis de até seis polegadas em busca de umidade, sobretudo nas estações mais secas do ano. Nesse período, eles também usam o espaço para ficarem isolados, algo que amam e necessitam.
Já quando chove, geralmente entre a primavera e o verão, os sapinhos com carinha brava ficam mais ativos e entram na fase de acasalamento.
Esta espécie é uma reprodutora de verão (...) formando grandes coros que podem continuar por vários dias em tempo chuvoso. Os machos podem acasalar na vegetação até 1 m acima da superfície e às vezes de dentro de suas tocas rasas estudo do SI/MAB Biodiversity Program, 2004
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