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Eurofobia é fator comum entre países europeus na crise

Claudi Pérez

Em Bruxelas (na Bélgica)

Quem interpretar a crise da Europa como uma crise essencialmente econômica pode estar ficando cego para o que realmente está em jogo: a ascensão de uma estranha coalizão dos eurocéticos de sempre com eurodesencantados, euro-hostis e eurodeserdados de novo cunho. Populismos, extremismos e nacionalismos causam um susto atrás do outro, uma sucessão de surpresas desagradáveis nas últimas eleições. A última mutação da crise, desta vez eminentemente política, conseguiu semear uma notável inquietação em Bruxelas, que teme o aparecimento de novos partidos nessa linha.

"A Europa será aberta e democrática, ou não será; os partidos tradicionais europeus devem tomar a iniciativa para não dobrar os joelhos diante dos eurocéticos e os antieuropeus", avisou na terça-feira o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, cuja liderança titubeante, dobrada ao inquietante poderio de Berlim, é indicada em alguns círculos como uma causa desse fenômeno.

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