Alckmin cita Temer e afirma que governante sem voto é "intruso"

Colaboração para o UOL

23/05/201811h38

Eleições 2018

O pré-candidato à presidência Geraldo Alckmin (PSDB) fez uma análise do governo Michel Temer e ressaltou que faltou legitimidade ao político do MDB no comando do Brasil. Na sabatina promovida por UOL, Folha de S. Paulo e SBT nesta quarta-feira (23), o ex-governador de São Paulo disse que governante sem voto é "intruso".

"Quem ganhar essa eleição terá o apoio de pelo menos 55 milhões de brasileiros no segundo turno", afirmou Alckmin. "A legitimidade nas urnas é forte. Quem não tem voto é intruso."

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De acordo com o pré-candidato, este foi um dos principais problemas do governo Temer, que assumiu após o Impeachment de Dilma Rousseff (PT). Segundo a última pesquisa do Datafolha, o governo tem reprovação de 70% da população.

"Eu já fui governador com voto e sem voto", lembrou Alckmin, ao se referir ao primeiro mandato no governo de São Paulo (2001-2002) com o morte de então governador Mário Covas, de quem era vice. "Com voto é muito diferente."

Alckmin desviou quando perguntado sobre uma possível nota para o governo Temer e afirmou que o Impeachment foi um "trauma", apesar de seu partido ter sido um dos principais apoiadores.

Alianças

Alckmin também não respondeu sobre contar com o apoio do MDB, caso eleito. De acordo com o ex-governador, o número de partidos no país dificulta uma maioria.

"Como fazer as reformas, que demandam mudanças constitucionais e requerem três quintos do Congresso [sem alianças]?", questionou o tucano. "Nenhum partido mais ter mais do que 10% da Casa."

Ainda assim, Alckmin prometeu a realização de "no mínimo" quatro grandes reformas caso eleito: política, com adoção do voto distrital ou distrital misto e de cláusula de barreira; simplificação tributária; reforma do Estado, com diminuição dos gastos públicos; e da Previdência.

Para o ex-governador, é a força do voto que ajudará o presidente eleito nas suas alianças.