Detido por ataque a faca contra Bolsonaro diz que "quem mandou foi Deus"

Do UOL, em São Paulo

Um vídeo que circula nas redes sociais e obtido pelo UOL mostra Adélio Bispo de Oliveira após ser detido pelo ataque a faca contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL), ocorrido nesta quinta-feira (6), em Juiz de Fora (MG).

No vídeo, ele afirma que "ninguém" o mandou cometer o atentado. Mais uma vez questionado por um dos investigadores presentes na sala, o suspeito conta que atacou o candidato a mando de Deus. "Quem mandou foi o Deus a quem sirvo", responde. 

Natural de Montes Claros (MG), Adélio Bispo de Oliveira foi filiado ao PSOL por pelo menos sete anos, entre 2007 e 2014. O PSOL emitiu uma nota repudiando o ataque e dizendo desconhecer o histórico de militância de Adélio junto ao partido.

Um segundo suspeito também foi preso nesta quinta-feira pela Polícia Militar, em Juiz de Fora, Minas Gerais. Hugo Ricardo Bernardo, 27, foi detido nas imediações do local onde o deputado do PSL foi atingido. 

De acordo com fontes da Polícia Militar, ele estava gritando palavras de ordem contra Bolsonaro. A Polícia Civil apura se há alguma relação entre ele e Adelio Bispo de Oliveira. Bernardo está detido na carceragem da PM, em Juiz de Fora.

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Como foi o ataque?

O deputado federal era carregado nos ombros por simpatizantes em um evento de campanha na região central de Juiz de Fora por volta das 16h quando sofreu a facada na região do abdômen. Um vídeo mostrou Bolsonaro sendo carregado por partidários após o esfaqueamento, com o que parecia ser um papel cobrindo o local do ferimento. Ele foi levado para a emergência da Santa Casa da cidade, onde passa por cirurgia.

FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO

No momento do atentado, Bolsonaro estava acompanhado pelo deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG), que preside o diretório mineiro do partido. O parlamentar foi um dos que carregaram o presidenciável até o carro onde ele foi levado até o hospital.

O agressor tentou fugir no meio da multidão, mas não conseguiu e foi agredido. Ele foi preso em flagrante e levado para a superintendência da Polícia Federal na cidade mineira.

Veja como foi o ataque a Bolsonaro em MG

Estado de saúde é 'naturalmente grave'

Bolsonaro está estável, mas a lesão foi profunda. O político vai permanecer na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) e ainda não tem previsão de alta. "Pelo menos uma semana", diz o médico-cirurgião da Santa Casa de Juiz de Fora, Luiz Henrique Borsato.

Seu quadro é "naturalmente grave" devido aos ferimentos sofridos. Ele está respirando sem ajuda de aparelhos e já recobrou a consciência.

Bolsonaro chegou ao hospital em estado de choque e tinha perdido muito sangue. Também estava com a pressão muito baixa. Vai precisar de outra cirurgia para reverter a colostomia --bolsa coletora de fezes que fica presa fora do abdome.

Segundo os médicos, a transferência vai ser uma decisão da família, se o paciente tiver condições de ser transportado.

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