Dilma lamenta ataque a Bolsonaro e diz que "ódio cria esse tipo de atitude"

Vinicius Boreki

Colaboração para o UOL, em Curitiba

A ex-presidente e candidata ao Senado em Minas Gerais, Dilma Rousseff (PT), lamentou nesta quinta-feira (6) o ataque sofrido pelo presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG). A petista falou com a imprensa após visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na carceragem da PF (Polícia Federal) em Curitiba.

Na avaliação de Dilma, atitudes como o ataque a Bolsonaro são culpa do ódio criado na sociedade.

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"Eu acho lamentável. Agora, acho que incentivar o ódio cria esse tipo de atitude. Você entende? Você não pode falar que vai matar ninguém. Não pode fazer isso, principalmente um candidato à Presidência", disse Dilma, sem citar Bolsonaro nem qualquer outro candidato. "Agora, quem fez isso tem de pagar, quem fez isso não pode ficar impune. Por que não pode ficar impune? Porque tem que servir de exemplo que ninguém pode fazer isso com nenhum candidato. Isso não pode acontecer."

"Um país democrático, que se respeita, que quer ser civilizado não pode admitir que se esfaqueie qualquer candidato, não interessa quem seja. Não podemos flexibilizar certas coisas, porque teremos consequências danosas não só para os candidatos, mas para as crianças, homens e mulheres deste país", completou Dilma.

Veja como foi o ataque a Bolsonaro

Antes de ser questionada especificamente sobre o ataque a Bolsonaro, a ex-presidente afirmou que a violência sofrida por ela durante o impeachment em 2016 e mesmo durante o seu mandato não pode se repetir com outro "homem ou mulher".

"Eu fui submetida a uma grande violência, com conteúdos misóginos, machistas, inclusive diante da minha família. Mas não é hora de eu ficar lamentando. Temos que ser capazes de, nesta eleição, lavar e enxaguar a alma do Brasil. Temos que recompor a capacidade de diálogo. Agora, quando você planta o ódio, colhe tempestade", disse.

A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), também lamentou o ataque a Bolsonaro. "Nenhum ato de violência é justificável. A política não pode ser uma seara de violência, nós não podemos ter ações de violência e normalizar isso. Aliás, em nenhuma esfera da vida, a violência é justificável. A política é o espaço de debate das ideias", diz. Ambas deram entrevista coletiva depois de deixar a superintendência da PF.

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