Alckmin diz ser alternativa contra radicalização e ignora ausência de Doria
Felipe Pereira
Do UOL, em São Paulo (SP)
-
Felipe Pereira/UOL
Geraldo Alckmin confia em uma reviravolta que o levará ao segundo turno das eleições
Em reta final de campanha na tarde deste sábado (6), Geraldo Alckmin (PSDB) repetiu o lema dos últimos dias sobre ser uma alternativa contra a radicalização nas eleições. Durante evento no metrô de São Paulo, em trajeto entre as estações Santa Cruz e Hospital São Paulo da linha lilás, o candidato à presidência da República se colocou novamente como a terceira via na disputa liderada por Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).
"Nós estamos empatados em terceiro e precisamos chegar em segundo. A decisão de voto é só amanhã. (...) Muita gente votando em um candidato porque não quer o PT, e muita gente votando no PT porque não quer o outro candidato. A verdade é que metade da população não quer nenhum deles", comentou, em rápida entrevista concedida durante o evento.
"Estamos trabalhando e pedindo voto. Vamos trabalhar e amanhã o povo decide. O que o povo decidir está bem decidido. Trabalhei e suei a camisa para o que o país não fosse para o radicalismo", destacou o candidato do PSDB.
Leia também:
No trajeto, Alckmin contou com o apoio de cerca de 200 pessoas. Entretanto, um dos nomes mais fortes do partido, o postulante ao governo de São Paulo João Doria (PSDB), não compareceu, o que gerou imediato questionamento sobre o esvaziamento da campanha do presidenciável nesta reta final.
"Estou chegando agora de Bauru e tinham lá dezenas de prefeitos. Isso daqui era mais uma visita para ver as novas estações", declarou, sem citar o nome do candidato do partido ao governo de SP.
O presidenciável tucano enfrentou dois momentos de manifestações contrárias neste sábado. Foi chamado de "corrupto safado" por um homem na estação Hospital São Paulo, obrigando militantes a abafarem o protesto gritando o nome de Alckmin. Outro cidadão contrário ao candidato entoou o nome de Fernando Haddad na estação Santa Cruz, ainda no início do ato.
Confiante em uma reviravolta no domingo, Alckmin ainda citou que não enxerga uma "onda Bolsonaro", que levaria o político do PSL à vitória ainda no primeiro turno das eleições, e prevê que os eleitores voltarão às urnas em de outubro para decidir, em segundo turno, o novo presidente do país. O tucano vota às 10h (de Brasília) na capital paulista.
Receba notícias do UOL. É grátis!
Veja também
- Pesquisa CNT/MDA: Bolsonaro tem 33%; Haddad, 20%; Ciro, 7%; e Alckmin, 4%
- Confiante, Alckmin se vê na briga por 2º turno: "Amanhã é dia da reflexão"
-
- Por 2º turno, Doria e Skaf 'colam' em Bolsonaro
- "Não devemos cargos, nem favores", escreve Bolsonaro no Twitter
- Na Bahia, Haddad foca no eleitorado religioso na véspera da eleição
- Ciro diz ter 'a firmeza e a sensibilidade social que o Brasil precisa'