Skaf telefona para França e reconhece derrota ao governo de SP

Guilherme Maziero

Do UOL, em São Paulo

  • Guilherme Mazieiro/UOL

    Skaf entre as candidatas a vice, tenente-coronel Carla e ao senado, Cidinha, durante votação

    Skaf entre as candidatas a vice, tenente-coronel Carla e ao senado, Cidinha, durante votação

O candidato ao governo do Estado de São Paulo pelo MDB, Paulo Skaf, reconheceu a derrota neste domingo (7), depois que as urnas apontaram segundo turno entre o ex-prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) e o atual governador, Marcio França (PSB). Após o resultado, Skaf disse que ligou para França para parabenizá-lo do resultado "e só".

O emedebista disse que hoje não é dia de pensar em acordos para o segundo turno. Questionado por jornalistas se ligaria para João Doria (PSDB), ele não respondeu.

No seu pronunciamento, Skaf disse que não é fácil enfrentar candidatos que têm estrutura do governo e da prefeitura, em referências a Marcio França e João Doria.

A pequena diferença de cerca de 70 mil votos –que fez com que o resultado sobre a segunda vaga se arrastasse para além das 22h30-- abateu membros da campanha e o próprio Skaf. "Deixa a poeira baixar."

Com 98,28% das urnas apuradas no estado, Doria teve 31,77% dos votos válidos e França ficou com 21,48%. Logo atrás está Skaf, com 21,13%.

Nos próximos dias, ele deve voltar à Presidência da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), da qual está licenciado. Está é a terceira derrota seguida de Skaf na tentativa de ser governador de São Paulo.

Um pouco mais cedo, antes da confirmação do resultado, Skaf afirmou que sua campanha "deu o sangue" na disputa. Em discurso aos correligionários, ele destacou que a chapa pura enfrentou adversários que tinham as estruturas a seu favor, como a do governo do Estado de São Paulo, Márcio França (PSB) e a da Prefeitura de São Paulo, com João Doria (PSDB). 

"Nós não tínhamos muito apoio e nós demos o sangue mesmo. De repente esse caminho foi melhor [para mim], o tempo vai mostrar. Quero que todo mundo acorde feliz amanhã", disse sem fazer referência a uma derrota.

Pouco antes de Skaf discursar sob palmas, os candidatos ao Senado Marcelo Barbieri e Cidinha assumiram o palanque. Ambos destacaram um crescimento do partido no estado e consideraram que mesmo que fora do segundo turno, o apoio de Skaf será decisivo na escolha do novo governador.

Paulo Skaf fez boa parte da campanha com tom ameno, em debates evitou conflitos intensos com Doria e França. Nos bastidores sua equipe costuma dizer que ele é extremamente disciplinado e se controlar para não responder aos ataques que sofre em debates. O cenário mudou na última semana, quando tentou vincular França aos últimos 8 anos da gestão tucana no Estado e Com tom ameno, manteve na liderança das pesquisas durante boa parte da corrida.

Campanhas

As campanhas de Márcio França e Paulo Skaf são as que receberam maior volume de recursos, respectivamente R$ 14,3 milhões e R$ 10,2 milhões. França recebeu R$10,3 milhões do Diretório Estadual do PSB e R$ 4 milhões da Direção Nacional do PR, partido de sua vice, Coronel Eliane Nikoluk. Skaf foi financiado com R$ 8 milhões do Diretório Nacional do MDB e R$ 162,5 mil em financiamento coletivo. O restante foi custeado por apoiadores.

Em 2014, contribuiu com R$ 200 mil para campanha de Paulo Skaf. Naquela disputa, Geraldo Alckmin (PSDB) venceu em primeiro turno com 57,31% dos votos.

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