Candidata à reeleição, governadora do Paraná investe em viagens

Katna Baran

Curitiba

  • Cassiano Rosário/Futura Press/Estadão Conteúdo

    Cida Borghetti e o governador licenciado Beto Richa durante cerimônia de posse ao governo do Paraná, em 2015

    Cida Borghetti e o governador licenciado Beto Richa durante cerimônia de posse ao governo do Paraná, em 2015

Desde que assumiu o governo do Paraná, a pré-candidata à reeleição Cida Borghetti (PP) percorreu quase um município do Estado por dia. Ela está no cargo desde 6 de abril, quando o ex-governador Beto Richa (PSDB) renunciou para disputar o Senado. Em 90 dias, Cida visitou 80 cidades - cerca de 20% do total.

Nesse período, segundo a governadora, foram assinados mais de 3 mil convênios, somando R$ 4 bilhões em investimentos nas cidades em áreas diversas como desenvolvimento urbano, saúde e turismo.

No dia 3, durante sabatina promovida pela Associação dos Municípios do Paraná, Cida disse que sua administração é "municipalista" e que "olha de igual maneira a todas as cidades, da menor à capital do rstado".

Em suas viagens para o interior, a governadora quase sempre vai acompanhada da filha, a deputada estadual e candidata à reeleição Maria Victoria (PP), e do marido, o ex-ministro da Saúde e deputado federal Ricardo Barros (PP), que nesta semana se colocou à disposição do partido para disputar a Presidência da República.

Só nos dias 30 de junho e 1.º de julho, último fim de semana no qual dirigentes em busca de reeleição puderam participar de inaugurações e realizar transferências de recursos -, Cida fez uma maratona para visitar 12 municípios. Entre eles, Maringá, seu reduto eleitoral, que recebeu uma obra rodoviária.

A atitude da governadora desperta críticas. Adversários afirmam que ela usa a máquina para se favorecer eleitoralmente. "Tem de parar uma hora (de assinar convênios) para deixar um pouco para a gente assinar", disse o pré-candidato ao governo Osmar Dias (PDT) na mesma sabatina, ironizando Cida e afirmando que vai vencer a eleição.

Apesar de já ter sido eleita deputada federal e estadual, Cida ainda tem alto grau de desconhecimento entre os eleitores paranaenses, segundo sondagens eleitorais. E, enquanto tenta se tornar mais conhecida, opta por fugir das polêmicas e assumir uma postura conciliadora. Durante a greve dos caminhoneiros, por exemplo, afastou um tenente-coronel que usou bombas de gás para reprimir protestos.

Apoio

A estratégia, no entanto, levou a governadora a sofrer uma derrota política, ao deixar para depois do pleito a discussão sobre o reajuste do funcionalismo estadual. O recuo representou perda de base de apoio na Assembleia Legislativa e também entre os servidores, principalmente os do Executivo. Atualmente, o governo emprega 310 mil pessoas.

Em nota, a governadora reforçou que a marca de sua gestão é o municipalismo e declarou não fazer pré-campanha. "O benefício citado pelos outros candidatos é o benefício para a população paranaense", disse.

Cida afirmou ainda desconhecer qualquer "conjectura sobre a insatisfação de parlamentares da base de apoio". "Não há privilégio ou benefício para nenhum deputado da base. Há um tratamento igualitário", completou.

As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

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