Fotógrafo brasileiro diz que foto de Dilma representa momento difícil
O fotógrafo Wilton de Sousa Júnior disse nesta quinta-feira que a fotografia com a qual ganhou o Prêmio Internacional de Jornalismo Rei da Espanha pretendia "retratar" o difícil momento político que a presidente Dilma Rousseff vivia em agosto do ano passado com uma imagem "forte".
"A presidente passava por um momento muito difícil. Eu buscava uma foto que pudesse sintetizar esse momento", explicou Wilton Júnior à Agência Efe, em referência a imagem em que Dilma parece ser transpassada por uma espada de um militar em uma cerimônia oficial.
A fotografia foi publicada no jornal "O Estado de S.Paulo" em 21 de agosto de 2011 e no dia 31 do mesmo mês na revista "Veja", que a escolheu como "a imagem da semana".
O registro foi feito durante a cerimônia de entrega de espadins a 441 cadetes na Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, no sul fluminense, dias depois de Dilma ter perdido seu quinto ministro em menos de oito meses de Governo, quatro deles envolvidos em acusações de corrupção.
Wilton Júnior explicou que pretendia fazer uma fotografia da espada antes da cerimônia da Academia Militar, acreditando que a imagem poderia traduzir uma "imagem política muito forte".
O júri da 29ª edição do prêmio, promovido anualmente pela Agência Efe e a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), avaliou "principalmente a habilidade do fotógrafo para captar um instante de perfeita sincronia cujo resultado causa surpresa".
Aos 37 anos, o fotógrafo disse estar "muito feliz e radiante" por ter recebido a distinção, a primeiro internacional em seus 19 anos de carreira, após ter sido finalista em 2003 do Prêmio Ayrton Senna com uma fotografia intitulada "Caçada urbana".
O vencedor foi informado pela Efe sobre o prêmio por um telefonema quando estava em Campos cobrindo os danos causados pelas chuvas das últimas semanas.
O valor do Prêmio Internacional de Jornalismo Rei da Espanha na categoria de fotografia supera US$ 7,6 mil.
Wilton Júnior atua como correspondente no Rio de Janeiro do jornal "O Estado de S.Paulo" desde 2001 e também colaborou com os jornais "Folha Dirigida", "Jornal dos Sports" e "O Dia".
Como correspondente do "Estadão", participou de coberturas como a captura dos assassinos do jornalista Tim Lopes em setembro de 2002, a passagem da tocha olímpica pelo Rio de Janeiro em 2004, a visita do papa Bento XVI a São Paulo em 2007, a Copa América de futebol da Venezuela de 2007 e a Copa do Mundo a África do Sul em 2010.
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