Tucanos aliviam para suposto intermediário de Perillo em compra de casa
Menos combativos do que de costume na CPI mista (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do bicheiro Carlinhos Cachoeira, parlamentares tucanos evitaram nesta terça-feira (5) questionamentos duros ao empresário Walter Paulo Santiago, suspeito de intermediar a venda de uma casa do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), ao pivô do escândalo de corrupção.
O deputado Fernando Francischini (PSDB-PR), que semanas atrás acusou o relator Odair Cunha (PT-MG) de ser “tigrão” ao investigar Perillo e “tchutchuca” ao lidar com suspeitas sobre o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), silenciou. Fez o mesmo o senador Alvaro Dias (PSDB-PR). Oposicionistas de outros partidos, no entanto, foram mais duros com o depoente. Esses são os casos dos deputados Ônyx Lorenzoni (DEM-RS) e Rubens Bueno (PPS-PR).
O ex-promotor de Justiça e deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP) não fez perguntas e elogiou a boa vontade do depoente ao tratar de um “negócio corriqueiro”. Suplente na comissão, Vanderlei Macris (PSDB-SP) afirmou que a venda do imóvel foi “como um negócio de qualquer pessoa”. Fez apenas uma pergunta: “O senhor considera que o governador Perillo fez uma venda de boa fé?” A resposta foi sim.
O dono da Faculdade Padrão negou que tenha sido intermediário de Perillo na venda de uma casa onde o contraventor foi preso. O imóvel foi adquirido por R$ 1,4 milhão. Walter diz que pagou em dinheiro. Perillo afirmou ter recebido três cheques de um sobrinho do pivô do escândalo. O tucano virá à CPI na próxima semana.
Conhecido como professor Walter, ele diz ter comprado o imóvel em julho do ano passado em espécie. O empresário negou que a residência tenha sido adquirida com cheques do sobrinho de Cachoeira, que foi preso ali em 29 de fevereiro. No entanto, manteve as suspeitas de parlamentares sobre como adquiriu a casa por meio de uma empresa que declarou rendimentos de apenas R$ 17 mil em 2010. Ele diz que pagou com notas de R$ 50 e R$ 100.
Membros da CPI suspeitam que Marconi recebeu duas vezes pela mesma venda. A PF indica que Cachoeira se infiltrou em vários níveis do governo do tucano, da Secretaria de Segurança Pública ao gabinete do governador, que nega as denúncias.
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