Três convocados ligados a Agnelo conseguem direito de permanecer calados na CPI do Cachoeira
Nesta quinta-feira (28), a CPI que investiga o bicheiro Carlinhos Cachoeira ouve três depoimentos para esclarecer fatos relacionados ao governador do Distrito Federal (DF), Agnelo Queiroz (PT). Os três depoentes conseguiram na Justiça o direito de permanecer em silêncio para não se autoincriminarem.
Leia mais
- Veja quais foram as respostas do governador do Distrito Federal à CPI do Cachoeira
- À CPI, jornalista diz ter recebido dinheiro de caixa 2 de Perillo com recursos da Delta
- Em depoimento, arquiteto diz que mulher de Cachoeira gastou R$ 500 mil para decorar casa
- Ex-assessor de Agnelo obtém no STF direito de permanecer em silêncio na CPI
Os convocados são o ex-chefe de gabinete do governador, Cláudio Monteiro, o ex-assessor da Casa Militar Marcello de Oliveira Lopes e o ex-subsecretário de Esportes João Carlos Feitoza. A sessão estava marcada para começar às 10h15 no Senado.
Monteiro conseguiu habeas corpus no Supremo Tribunal Federal garantindo esse direito. Ele é citado nas gravações feitas pela Polícia Federal e suspeito de ligação com o grupo de Cachoeira.
"Apesar de estar aqui munido de habeas corpus, os advogados dele me disseram que ele vai falar", disse o líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP), que está presidindo a reunião da CPI no lugar de Vital do Rêgo (PMDB-PB).
Marcelo, também conhecido com Marcelão, estaria envolvido na tentativa de nomeação de um aliado de Cachoeira para o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) do DF. O último depoente é João Carlos (Zunga), suspeito de receber dinheiro do grupo do empresário goiano.
Semana de depoimentos
Esta quinta-feira é o terceiro dia seguido de depoimentos na CPI do Cachoeira nesta semana.
Nesta quarta-feira (27), o jornalista Luiz Carlos Bordoni, que acusou o governador de pagar gastos de campanha com dinheiro de Cachoeira e a ex-chefe de gabinete de Perillo, depôs e disse que Perillo é um ex-amigo.
À CPI, Bordoni afirma que o último contrato de trabalho o governador de Goiás foi “verbal”. Segundo ele, foram acordados R$120 mil mais bônus de R$ 50 mil, caso o então candidato ganhasse. Em momentos distintos durante sua fala aos parlamentares, ele chegou a falar que o bônus era de R$ 40 mil.
Eliane Pinheiro, suspeita de repassar informações policiais a Cachoeira e o tesoureiro da campanha tucana em 2010, foi convocada para depor, mas ficou em silêncio após decisão judicial e foi dispensada. O presidente da Agetop (Agência Goiana de Transportes e Obras), Jayme Rincón, acusado de receber R$ 600 mil de uma empresa do contraventor, também deveria depor nesta quarta, mas enviou um atestado médico à comissão e não compareceu.
Nesta terça-feira (26), dos três depoentes, apenas um falou, o arquiteto Alexandre Milhomen, contratado pela mulher de Cachoeira para decorar a casa, a mesma em que o contraventor foi encontrado quando o prenderam em 29 de fevereiro na operação da Polícia Federal. Os dois outros, Lúcio Fiúza, apontado como intermediário de Perillo na venda da casa, e Écio Antônio Ribeiro, sócio da Mestra Administração, empresa que pagou pela residência, ficaram em silêncio durante a sessão e foram dispensados. Eles também conseguiram liminares na Justiça para ficarem calados.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.