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Garotinho diz que Rosemary depositou 25 milhões de euros em Portugal

Pedro Peduzzi e Gilberto Costa

Da Agência Brasil, em Brasília e em Lisboa

04/12/2012 16h43Atualizada em 04/12/2012 18h04

O deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) reiterou nesta terça-feira (4), durante audiência na Câmara com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que a ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo Rosemary Nóvoa de Noronha depositou 25 milhões de euros no BES (Banco Espírito Santo), de Portugal, após entrar com o dinheiro no país usando a mala diplomática.

Garotinho disse ter sondado a informação com o banco português, mas, devido à lei de sigilo bancário, não obteve nenhuma resposta.

A denúncia havia sido publicada pelo deputado em um blog pessoal. Momentos antes, na Câmara dos Deputados, o ministro da Justiça havia classificado a denúncia como “fantasiosa”. Rosemary Nóvoa de Noronha foi exonerada do cargo após ser investigada na Operação Porto Seguro.

Contatado pela Agência Brasil em Portugal, o BES informou oficialmente que não tem “registro de qualquer depósito realizado pela senhora mencionada”. O banco afirmou, ainda, que Rosemary não é cliente do banco e que um depósito desse valor “seria necessariamente detectado” pelo sistema de controle.

“O BES dispõe de um sistema de prevenção e detecção de branqueamento [lavagem] de capitais, equipado de ferramentas informáticas de última geração, que responde integral e eficazmente a todas as exigências da legislação em vigor e dos normativos de referência internacional”, informou a instituição.

Cardozo pediu ao deputado que enviasse informações mais detalhadas sobre a denúncia. “De qualquer forma, me parece inverossímil que uma pessoa declarasse ter em uma mala diplomática 25 milhões de euros”, disse o ministro.

O superintendente regional da Polícia Federal em São Paulo, Roberto Troncon Filho, informou que a PF não tem informação alguma sobre o assunto. "Mas podemos buscar essas informações com nosso adido em Portugal", acrescentou.