Brasil tem "inflação de base" de 5% a 6%, diz Pimentel
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, afirmou que o Brasil tem uma “inflação de base” que varia de 5% a 6%. Segundo ele, não existe chance de haver um surto de alta de preços, mas vai demorar para a inflação cair.
“Pelo que a gente observa, a inflação de base no Brasil está nessa faixa de 5,5%... Entre 5% e 6%. Ela não supera isso, mas também dificilmente fica abaixo disso”, declarou Pimentel em entrevista ao “Poder e Política”, programa do UOL e da Folha conduzido pelo jornalista Fernando Rodrigues. A gravação foi realizada em 23 de abril no estúdio do Grupo Folha em Brasília. Também participou o jornalista Valdo Cruz, da Folha.
Íntegra da entrevista (52 min.)
O país terá uma inflação menor, disse Fernando Pimentel, quando for recuperada a competitividade da economia como um todo. “É um processo um pouco mais lento, vai demorar um pouco mais de tempo, mas ela [a inflação] vai cair”, disse.
Na entrevista, o ministro admitiu que a economia brasileira tem um limite para crescer sem provocar alta nos preços. “Deve estar mesmo nessa faixa de 3% e 4% [o limite para o crescimento do PIB]. Talvez um pouco mais, de 4,5%”, disse. Segundo ele, o país terá que conviver com essa taxa de crescimento por mais dois ou três anos, até problemas logísticos serem superados (como o gargalo de portos, aeroportos e estradas).
Argentina
Apesar da perspectiva de conviver com alta inflação e baixo crescimento por mais alguns anos, Pimentel disse que o Brasil pode abrir mão de melhorar seu resultado comercial com o país vizinho. De acordo com ele, não há problema em adiar para depois de julho deste ano a entrada em vigor do livre comércio de automóveis e autopeças com a Argentina. “Se isso for uma demanda da Argentina, não vejo por que não atendê-los”, afirmou.
Pimentel disse ainda que o governo da presidente Dilma Rousseff considera que o ideal é ter o livre comércio, uma medida que aumentaria o superávit brasileiro no setor automotivo com os argentinos. Só que a tendência, explicou o ministro, é mesmo a de postergar a vigência do acordo.
Acesse a transcrição completa da entrevista.
A seguir, vídeos da entrevista (rodam em smartphones e tablets):
1) Quem é Fernando Pimentel? (1:20)
2) Brasil tem “inflação de base” entre 5% e 6%, diz Pimentel (1:26)
3) Brasil quer importar médicos e engenheiros estrangeiros (1:32)
4) Brasil terá PIB moderado por mais 2 ou 3 anos, diz Pimentel (1:57)
5) Pimentel: Saldo comercial será excelente se empatar com 2012 (2:31)
6) Brasil cederá à Argentina no regime automotivo, diz Pimentel (3:33)
7) Câmbio ainda não é o ideal, diz ministro Pimentel (0:55)
8) Eike é comprometido com Brasil e merece atenção, diz ministro (3:22)
9) Governo Dilma acha Brasil capitalista, diz Pimentel (5:46)
10) Íntegra da entrevista (52 min.)
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