PDT apresenta pré-candidato da farda para enfrentar Alckmin em 2014
Em meio ao aumento nos indicadores de criminalidade no Estado e a críticas à sua gestão no setor de Segurança Pública, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), terá um adversário de farda na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes no próximo ano. Em reunião realizada na manhã dessa segunda-feira (20), o PDT oficializou a pré-candidatura do deputado estadual Major Olímpio e já se articula para ser a terceira via nas eleições governamentais de 2014.
"Faz 20 anos que o PSDB está no poder e nada foi feito para solucionar esses problemas (de segurança). O PT, em âmbito nacional, também não apresentou soluções. Hoje, a insegurança é o que mais aflige o cidadão paulista, e minha candidatura vem ao encontro dos interesses do povo por mais segurança e dignidade", afirmou o major.
Em seu segundo mandato como deputado, Olímpio apoia-se na bandeira de combate à criminalidade para tentar levar seu nome a toda população do Estado. Membro da Comissão de Segurança e da Frente Parlamentar de Segurança Pública da Assembleia Legislativa, Olímpio Gomes teve 135 mil votos na última eleição e diz acreditar que com alianças "programáticas" e "muito trabalho" poderá alcançar os votos necessários para chegar ao segundo turno das eleições.
O deputado já se coloca como o candidato que vai acabar com a polarização entre PSDB e PT em São Paulo."Diante dessa crise na segurança pública e com a experiência conquistada ao longo de minha vida pública, vou me colocar como uma 3º via para a população do Estado, como o verdadeiro candidato da mudança."
O UOL conversou, por telefone, com o deputado estadual e, agora, pré-candidato ao Governo de São Paulo, Major Olímpio.
UOL: Deputado, a candidatura é pra valer?
Major Olímpio: Tudo que me dediquei a fazer na vida foi pra valer, por isso eu garanto que vou até o final. Toda candidatura tem nascimento. Podem até achar que é uma aventura, mas vou demonstrar que tenho viabilidade política e posso ser um bom gestor para o Estado de São Paulo.
UOL: O senhor é conhecido por atuar no campo da Segurança Pública. Essa será sua principal bandeira?
M.O.: O tema central será a segurança, mas não serei um candidato monotemático. Há muitos anos venho estudando, viajando o Estado e tenho feito diagnóstico dos diversos setores de atuação do poder público. Sei que é preciso trabalhar ao lado do funcionalismo público, sei da necessidade de descentralizar o orçamento e as decisões políticas e conheço o que aflige a população paulista, que á falta de segurança.
UOL: Como deixar de ser um candidato apenas das Polícias e ser conhecido por toda população em cerca de um ano e cinco meses?
M.O.: Esse é meu grande desafio. Preciso sair dos cerca de 135 mil votos que possuo e superar os 5 milhões para chegar ao segundo turno. Para alcançar essa meta vou, a partir de hoje, intensificar minhas viagens, meus estudos, minhas conversas com o único objetivo de criar musculatura política e apresentar um plano de gestão compatível com os anseios do povo paulista.
UOL: É uma quantidade enorme de votos, o senhor acho possível alcançar esse objetivo?
M.O.: É uma corrida contra o tempo. Ninguém tem a pedra filosofal para fazer isso, mas vou trabalhar 24 horas por dia para chegar em 2014 sendo conhecido por toda população de São Paulo.
UOL: A segurança pública é hoje um problema para o governo Alckmin Nesse cenário, o senhor vê esse tema como um trunfo da sua candidatura?
M.O.: Dizer que a insegurança é um trunfo seria errado de minha parte. Esse descaso com a segurança no Estado gerou essa sensação de insegurança que hoje é o que mais aflige nosso povo. Faz 20 anos que o PSDB está no poder e nada fez para solucionar esse problema. Com tudo isso, é claro que vou trazer esse debate como tema principal de minha campanha, mas não focarei só isso. Como disse, não serei um candidato monotemático.
UOL: Como o PDT decidiu pelo lançamento da sua pré-candidatura?
M.O.: O partido realizou na manhã de ontem (20) uma reunião da executiva nacional. Presente ao encontro, o nosso presidente nacional, Carlos Luppi, falou sobre as expectativa de crescimento da sigla e ponderou sobre o fato de São Paulo ser um dos carros chefes para esse crescimento. Dentro desse cenário, de forma unânime, os membros presentes decidiram que minha candidatura seria o caminho para alavancar o crescimento do partido no Estado e uma alternativa esse modelo de gestão que ai está.
UOL: Além da questão partidária, qual o motivo da candidatura?
M.O.: É claro que existe uma polarização na disputa em São Paulo, de um lado PSDB, e do outro, PT. O PSDB está há 20 anos no poder e há um desgaste visível, já o PT tenta alcançar o comando do Estado depois de conseguir a prefeitura. Diante dessa crise na segurança pública e com a experiência conquistada ao longo de minha vida pública, vou me colocar como uma terceira via para a população do Estado.
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