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Na véspera de protesto, Anonymous invade site, critica veto a mascarados e cobra Dilma

Anonymous Brasil hackeia site do PMDB e posta mensagem sobre protestos - Reprodução
Anonymous Brasil hackeia site do PMDB e posta mensagem sobre protestos Imagem: Reprodução

Do UOL, em Brasília

06/09/2013 18h27

O grupo Anonymous Brasil voltou a hackear o site do PMDB Nacional (pmdb.org.br), na véspera do Sete de Setembro, e publicou um vídeo no qual faz acusações contra a Polícia Militar, critica o veto a mascarados nos protestos de amanhã e cobra mudanças da presidente Dilma Rousseff.

Por meio de redes sociais, o Anonymous organizou protestos para amanhã (7) em ao menos 149 cidades. Os atos vêm sendo convocados desde junho, quando uma onda de manifestações se espalhou pelo país. No vídeo publicado na página do PSDB, com mais de cinco minutos, aparece um homem usando a máscara que simboliza o Anonymous e contém uma narração anônima.

Os hackers criticam as medidas adotadas pelos governos de Sérgio Cabral (PMDB), no Rio de Janeiro, que prendeu os administradores da página do Black Bloc no Facebook, e de Eduardo Campos (PSB), em Pernambuco, que desde o final de agosto proíbe a presença de mascarados em protestos --há proibições do mesmo tipo em vigor em Minas Gerais e no Distrito Federal.

“Em vez de colocar em pauta as solicitações feitas nos protestos e atenderem nossas legítimas reivindicações de melhorias sociais e moralidade política, estão priorizando a repressão ao direito à livre manifestação”, acusa o movimento, que afirma também que o processo de prisão dos administradores da página do Black Bloc não tem legitimidade.

Na gravação, os hackers criticam o voto fechado ameaçam parlamentares que votaram contra a cassação do mandato do deputado federal Natan Donadon (ex-PMDB-RO).  “Ao mesmo tempo em que criminalizam nossas máscaras, os deputados se escondem sob a máscara do voto secreto para legitimar a pilhagem do dinheiro público.”

O Anonymous acusa a Polícia Militar de reprimir os protestos indevidamente e não impedir a “infiltração de grupos dispostos a desmoralizar as manifestações”.

No final do vídeo, cobram mudanças da presidente Dilma Rousseff. “Não queremos um pronunciamento vazio da presidenta [no Sete de Setembro]. Queremos mudanças.”

Em agosto, o grupo hackeou o site do PMDB pelo menos duas vezes. Em ambas, o movimento cobrava o governador do Rio sobre o sumiço do pedreiro Amarildo.