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Hotel que empregaria Dirceu nega vínculo de proprietário com empresa em paraíso fiscal

Fachada do Hotel Saint Peter, que fica no setor hoteleiro sul, em Brasília - 26.nov.2013 - Pedro Ladeira/Folhapress
Fachada do Hotel Saint Peter, que fica no setor hoteleiro sul, em Brasília Imagem: 26.nov.2013 - Pedro Ladeira/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

05/12/2013 18h59Atualizada em 05/12/2013 23h07

O hotel Saint Peter, de Brasília, que empregaria o ex-ministro e condenado no mensalão José Dirceu como gerente administrativo, emitiu nota nesta quinta-feira (5) na qual nega que o proprietário Paulo Abreu tenha qualquer relação com a empresa que administra o hotel e tem sede em um paraíso fiscal.

Reportagem exibida na última terça-feira (3) pelo "Jornal Nacional", da TV Globo, revelou que a empresa Truston International Inc., que administra o hotel, tem sede na Cidade do Panamá e é administrada por um laranja. Dirceu, que seria contratado por um salário de R$ 20 mil, desistiu do emprego.

Em nota, o hotel Saint Peter informou que o empresário Paulo Abreu --que também atua no ramo das telecomunicações e é irmão de José Masci de Abreu, ex-deputado e presidente nacional do PTN-- é dono de 60% do imóvel do hotel e que os outros 40% pertencem ao herdeiro do antigo dono.

Ainda segundo a nota, "a relação da Truston International Inc. é com a operação do hotel".

“Portanto, a Truston não tem nada a ver com a propriedade do hotel, adquirido por Paulo Abreu, que se dedica à atividade empresarial há mais de 40 anos”, diz a nota, que afirma também que “a constituição da Truston foi feita de acordo com as leis do país sede e registrada no Brasil, de acordo com as normas do Banco Central”.

Ao final, a nota enviada pelo hotel ainda cita o salário de sua gerente-geral --o valor, bem abaixo do que receberia Dirceu, foi alvo de polêmica. "Sobre a remuneração da gerente-geral do hotel, Valéria Linhares, ela não ganha apenas R$ 1.800. Ela tem um adicional sobre o faturamento bruto", afirmou o Saint Peter.