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Ao lado de Barbosa, vice da Câmara repete gesto de condenados do mensalão

Ao lado de Barbosa (à esq.), vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), repetiu gesto que marcou a prisão dos petistas condenados no julgamento do mensalão - Sérgio Lima/Folhapress
Ao lado de Barbosa (à esq.), vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), repetiu gesto que marcou a prisão dos petistas condenados no julgamento do mensalão Imagem: Sérgio Lima/Folhapress

Fernanda Calgaro

Do UOL, em Brasilia

03/02/2014 18h55

Sentado ao lado do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Joaquim Barbosa, durante cerimônia de abertura do ano legislativo no Congresso, o vice-presidente da Câmara, deputado André Vargas (PT-PR), repetiu gesto de condenados do mensalão com o punho cerrado.

  • Eduardo Knapp/Folhapress
  • Sebastião Moreira/EFE

    José Genoino e José Dirceu, dia 15 de novembro, quando tiveram suas prisões decretadas

Após a cerimônia, Vargas explicou que Barbosa é um visitante na Casa e que ele se sente à vontade para cumprimentar do jeito que acha que deve. O gesto com o punho cerrado foi feito pelo ex-presidente do PT José Genoino e pelo ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), condenados no mensalão, ao se entregarem para a Polícia Federal, em São Paulo. Depois, o gesto acabou sendo reproduzido por militantes do PT nas redes sociais.

“Como sempre muitos se cumprimentam com sinal de positivo ou sinal de vitória, no PT é muito comum se cumprimental com o L do Lula e a gente tem se cumprimentado assim. Foi o símbolo de reação de companheiros que foram injustamente condenados. O ministro, presidente do Supremo, está em nossa Casa. Ele é um visitante, tem o nosso respeito, mas nós estamos bastante à vontade para cumprimentar do jeito que a gente achar que deve.”

Vargas chamou de “sádica” a atuação de Barbosa ao sair de férias sem expedir o mandado de prisão contra o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP).

“Na verdade assim parece que ele está se comportando de forma sádica. Deu negativa dos recursos do João Paulo Cunha, esperava-se que ele decretasse a prisão. E ele não deu. Saiu de férias e ainda de lá das férias criticou os ministros que não o fizeram. Age de forma perversa ao se comportar dessa forma”, acrescentou.