Para Dilma, Petrobras foi vítima de servidores que não honraram a empresa
Em meio a denúncias de corrupção na Petrobrás, a presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) defendeu a imagem da estatal durante o discurso de posse de seu segundo mandato, realizado na tarde desta quinta-feira (1º), no Congresso Nacional, em Brasília. Segundo ela, a empresa foi alvo de servidores que não souberam "honrá-la".
"Temos muitos motivos para preservar e defender a Petrobrás de predadores internos e de seus inimigos externos", disse a presidente, que afirmou que a estatal já vinha passando por um "vigoroso processo de aprimoramento de gestão".
De acordo com ela, os escândalos só reforçam a necessidade de se implantar uma "eficiente e rigorosa estrutura de governança e controle". "A Petrobrás é capaz disso e muito mais."
Em 2011, no discurso de posse de seu primeiro mandato, Dilma disse que o pré-sal seria o "passaporte para o futuro" e que "o grande agente dessa política foi e é a Petrobras, símbolo histórico da soberania brasileira na produção energética e do petróleo".
Diante das denúncias envolvendo o nome da estatal, as ações da Petrobras fecharam o ano em queda, com perda de 37,6% no valor das ações preferenciais. As ações ordinárias (sem direito a voto) tiveram desvalorização de 37,9%. A empresa também perdeu R$ 87,182 bilhões em valor de mercado, caindo de R$ 214,688 bilhões em 2013 para R$ 127,506 bilhões em 2014.
Discurso
"Nosso lema será: Brasil, pátria educadora", disse Dilma, que apontou a democratização do conhecimento como uma das metas de seu governo: "significa universalizar o acesso a um ensino de qualidade em todos os níveis."
Segundo ela, ao longo deste novo mandato, a área começará a receber volumes mais expressivos de recursos oriundos dos royalties do petróleo.
"Vamos continuar expandindo o acesso às creches, pré-escolas para todos, garantindo o cumprimento da meta de universalizar até 2016, o acesso de todas as crianças de 4 a 5 anos à pré-escola", relatou a presidente, que também citou avanços no Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), no Ciências sem Fronteiras e na educação em tempo integral.
O lema do primeiro mandato de Dilma era "Brasil, um país de todos". Mas, apesar da mudança, a presidente disse que o "Brasil vai continuar como o país líder, no mundo, em políticas sociais transformadoras".
Dilma também dedicou boa parte de seu discurso, que durou cerca de 40 minutos, para criticar a corrupção. "A corrupção ofende e humilha os trabalhadores, os empresários e os brasileiros honestos e de bem. A corrupção deve ser extirpada", disse ela, que propôs um "grande pacto nacional contra a corrupção, que envolve todas as esferas de governo e todos os núcleos de poder."
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