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De volta à cena pública, Aécio diz que "mentira venceu as eleições"

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) aparece de barba em uma reunião do partido em Brasília - Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) aparece de barba em uma reunião do partido em Brasília Imagem: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Leandro Prazeres

Do UOL, em Brasília

30/01/2015 12h36Atualizada em 30/01/2015 13h29

Em sua primeira aparição pública no ano, o senador e candidato derrotado à Presidência da República em 2014, Aécio Neves (PSDB-MG), voltou a criticar o governo de Dilma Rousseff (PT) e defendeu a recriação da CPMI da Petrobras, para investigar os casos de desvio de recursos da estatal. “Destruíram nossa maior empresa e não tiveram a capacidade de, agora, reconhecendo os desvios, minimizar as perdas”, afirmou o tucano. "Cada vez mais, vai ficando claro que quem venceu as eleições foi a mentira, infelizmente, e não a verdade."

As declarações foram feitas durante a reunião da bancada do PSDB na Câmara dos Deputados, realizada na manhã desta sexta-feira (30) em um hotel de Brasília. Bronzeado e usando barba, Aécio Neves criticou o governo Dilma afirmando que o Brasil está “provando o veneno” de um governo “irresponsável”.

“O que o Brasil está provando é o veneno, o fel de um governo que agiu irresponsavelmente durante os últimos anos. Tudo o que nós denunciamos durante a campanha eleitoral aparece agora de forma totalmente cristalina”, afirmou.

O novo visual do ex-candidato à Presidência dividiu a opinião dos tucanos. O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy, disse ter aprovado o novo visual. "Tenho certeza que vai continuar agradando muita gente."

Aécio comentou o rebaixamento da nota de investimento da agência classificadora de risco Moody's em relação à Petrobras. Na noite desta quinta-feira (30), a agência rebaixou todos os “ratings” da estatal. “Hoje, a perda de grau de investimento feita pela Moody´s é uma sinalização clara de como o mundo vê o Brasil e a Petrobras”, afirmou.

Eleições

Ao falar sobre as eleições de 2014, Aécio criticou a postura da adversária, Dilma Rousseff, e disse que a então candidata à reeleição “vendeu um país da maravilha”.

“A presidente da República não permitiu que o Brasil debatesse durante a campanha eleitoral medidas para superação da crise. Vendeu um país da fantasia, do conto da carochinha. Onde tudo ia muito bem, país crescia, pleno emprego. Hoje, o custo dos ajustes é muito mais alto pela irresponsabilidade do governo”, afirmou.

Questionado sobre a possível “debandada” de deputados da bancada tucana para a candidatura à presidência da Câmara  de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Aécio voltou a manifestar seu apoio ao candidato Júlio Delgado (PSB-MG), a quem os tucanos declararam apoio formal no final do ano passado.

“E o PSDB agirá como partido político. O PSDB não se permitirá cooptações individuais. E qualquer um candidato que acha que pode fazê-lo, irá se frustrar. O PSDB votará em Júlio Delgado em sua integralidade. É o que eu espero”, afirmou.

No início da semana, circularam informações sobre uma possível migração de deputados tucanos para a candidatura de Eduardo Cunha, tido como o favorito na disputa pela presidência da Câmara.