Protestos anti-Dilma são esperados em mais de 270 cidades neste domingo
Grupos que pedem o impeachment da presidente Dilma Rousseff convocaram manifestações contra a petista neste domingo (16) em mais de 270 cidades do Brasil e do exterior. Há atos agendados em todos os Estados brasileiros, pela manhã, a partir das 8h, e à tarde.
Principais organizadores, os grupos Vem Pra Rua, Revoltados Online e MBL (Movimento Brasil Livre) divulgaram o protesto por redes sociais e com panfletagens nas ruas. O principal foco, segundo eles será o "Fora Dilma", mas o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também será cobrado nos atos por ter sinalizado uma aliança com o governo na última segunda-feira (10).
Denunciado por um dos delatores do esquema de corrupção da Petrobras, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que teria recebido US$ 5 milhões de propina (R$ 17,5 milhões), será poupado pelos grupos por ser considerado um aliado da causa e ter o poder de pôr em votação na Câmara um pedido de impeachment da petista.
Apostando na atual crise política e econômica que atinge o país como "chamariz" para os protestos, os organizadores dizem esperar participação popular superior a das outras duas grandes manifestações contra o governo realizadas este ano, apesar de o número de municípios com atos agendados neste domingo ser inferior ao anterior --mais de 400.
Os protestos ocorridos nos dias 15 de março e 12 de abril reuniram cerca de 2 milhões e 560 mil pessoas, respectivamente, segundo estimativas da Polícia Militar dos Estados onde houve protestos.
Dilma pressionada
No oitavo mês do segundo mandato, Dilma está pressionada pela maior reprovação já registrada em pesquisa entre os presidentes brasileiros desde Fernando Collor (71%), pelo julgamento das contas do governo em 2014 pelo TCU (Tribunal de Contas da União), e pelas investigações da Operação Lava Jato sobre corrupção na Petrobras.
Durante esta semana, a presidente promoveu uma agenda positiva, participando de eventos com movimentos sociais nos quais disse, por exemplo, que nunca mudou de lado. Em resposta, ouviu que "não vai ter golpe".
Sem previsão oficial de agenda para o final de semana, a presidente estará em Brasília e deve acompanhar os atos de sua residência oficial.
Concentração de atos no Sul e no Sudeste
O Estado com o maior número de protestos programados é São Paulo, com eventos marcados em pelo menos 74 municípios. Na capital, a manifestação vai acontecer na avenida Paulista a partir das 14h.
Segundo a lista divulgada pelo Vem pra Rua, os protestos devem se concentrar nas regiões Sul e Sudeste, onde estão programados mais de três quartos dos atos convocados no país. Depois de São Paulo, Minas Gerais, com manifestações marcadas para 35 cidades, Paraná (22), Rio Grande do Sul (22) e Santa Catarina (22) são os Estados com mais protestos agendados.
Na cidade do Rio de Janeiro, os manifestantes vão se reunir a partir das 11h na altura do posto 5 da praia de Copacabana, na zona sul da capital fluminense.
Fora do país, foram convocadas manifestações para cidades da Argentina, Alemanha, Austrália, Bolívia, Canadá, Estados Unidos, Espanha, França, Inglaterra, Irlanda, Itália e Portugal.
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