'Não dá para ficar tomando jato de água', diz manifestante em SP
"A gente ficou até onde deu para ficar", disse a cozinheira Renata Lutti, 50, sobre a remoção das barracas que ocuparam um trecho da av. Paulista, em São Paulo, por cerca de 40 horas. "Não dá para ficar tomando jato d'água e bomba de caminhão"
Segundo a cozinheira, os manifestantes e a polícia tinham um acordo de que iriam desbloquear a avenida hoje e retornar depois do ato do PT, marcado para começar às 16h no vão livre do Masp. "Essa é a ideia e não entrar em confronto. A gente entendeu que não tinha como ficar lá. Vamos sair e, a partir das 18h, voltar e continuar a vigília."
"O que tentamos foi tirar os outros, que estavam mais exaltados, só que a gente não conseguiu, não dá. Cada um faz o que quer", explicou Renata. O grupo de manifestantes não possui uma liderança definida. Vários se conheceram nos últimos dias, no local ou através de grupos de WhatsApp.
Para remover os cerca de 40 manifestantes que amanheceram acampados na Paulista, a polícia utilizou jatos de água e bombas de efeito moral. Não foram disparados tiros de borracha, como em outras manifestações recentes na cidade, e ninguém ficou ferido. Apesar do conflito desta sexta-feira (18), a vigília dos manifestantes é, de forma geral, pacífica e com um discurso de apoio à polícia.
A avenida foi desbloqueada por volta das 9h10, após ação que utilizou dois caminhões do choque e por volta de 20 policiais. Na sequência, cerca de 30 manifestantes foram para a avenida 9 de Julho e bloquearam parcialmente a via sentido centro (a faixa de ônibus seguiu liberada). O ato dispersou perto das 12h, e o trânsito flui normalmente.
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